Canetas emagrecedoras e o corpo ideal: o que a psicologia revela sobre uso crescente

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No cenário atual, observamos uma ascensão alarmante no uso das chamadas canetas emagrecedoras, que têm se tornado sinônimo de uma busca incessante pelo corpo ideal. Este fenômeno desperta preocupações que vão além da saúde física e se aprofundam nas complexidades da psicologia humana. O portal A TARDE, em sua série “O Peso da Caneta”, mergulha nos impactos psicológicos dessa tendência, revelando insights desafiadores através da visão da Dra. Ana Paula Nunes, especialista em neurociências e psicologia da obesidade.

O uso desenfreado desses medicamentos traz à tona questões como contrabando, receitas falsas e práticas comerciais sem controle sanitário. Com a pressão constante das redes sociais que promovem ideais de beleza e sucesso inatingíveis, muitas pessoas veem nessas canetas uma solução rápida para suas inseguranças. A Dra. Ana Paula destaca que as comparações frequentes com influenciadores podem agravar a insatisfação corporal e comprometer a autoestima, especialmente entre aqueles já vulneráveis.

“Essa exposição exacerbada gera uma vigilância constante sobre o corpo e intensifica o sofrimento emocional”, alerta a especialista. Muitos depositam todas as esperanças no medicamento, sem considerar a necessidade de mudanças comportamentais sustentáveis. A busca por “soluções mágicas” não apenas falha em trazer resultados duradouros, mas pode também resultar em um efeito reverso, levando ao reganho de peso.

O uso indiscriminado dessas canetas pode ser particularmente perigoso para indivíduos com histórico de transtornos alimentares, podendo precipitar recaídas ou agravar sua condição. A Dra. Ana Paula salienta que transtornos como bulimia e anorexia muitas vezes coexistem com ansiedade e depressão, formando um ciclo vicioso que exige uma abordagem abrangente.

Os riscos associados ao uso dessas canetas vão além do físico; o adoecimento psicológico é um resultado comum. Muitos chegam ao consultório em condições críticas, onde a busca pelo corpo perfeito prejudica tanto a saúde mental quanto a física. “O autocuidado deve ser uma prioridade, acompanhado de metas realistas e um enfoque na saúde funcional”, observa Ana Paula.

A profissional lista comportamentos prejudiciais como sinais de alerta, incluindo fraudes constantes com a própria imagem, uso de métodos extremistas para controle de peso e a ausência de uma relação saudável com a comida. O suporte psicológico não é apenas desejável, mas essencial. Ele facilita a compreensão e o tratamento da relação do paciente com a comida e a imagem corporal, promovendo a mudança de hábitos que verdadeiramente transformem suas vidas.

O tratamento eficaz envolve psicoeducação sobre os limites dos medicamentos, regulação emocional e a promoção de um relacionamento mais saudável com o corpo. Como a Dra. Ana Paula conclui, as canetas emagrecedoras podem ser úteis se utilizadas sob orientação adequada, mas elas não substituem o trabalho necessário de autoconhecimento e aceitação. A saúde verdadeira é construída a partir do entendimento e do respeito pela própria história e genética.

Na próxima entrega da série “O Peso da Caneta”, buscaremos entender se esses dispositivos realmente têm o potencial de acabar com a obesidade. Compartilhe seus pensamentos abaixo e não hesite em comentar suas experiências ou reflexões sobre esse tema tão relevante!

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