Saul Klein, de 71 anos, ofereceu seu material genético à Justiça na tentativa de acelerar o inventário de Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, falecido em 2014. Essa iniciativa foi formalizada em uma petição à 6ª Vara Cível de São Caetano do Sul, protocolada na terça-feira.
No documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, Saul afirma estar há mais de dez anos sem receber sua parte da herança, devido a uma “pendência” no processo que envolve uma ação de paternidade movida por Moacyr Ramos de Paiva Agustinho Júnior.
Agustinho Júnior, nascido em 1976, alega ser filho de Samuel. Sua mãe, Rita de Cássia, teria revelado essa informação em 2008, dois anos antes de falecer. O relacionamento entre ela e Samuel começou quando Rita tinha 17 anos, enquanto ele tinha 45. O caso atualmente aguarda decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Direito à Herança
No pedido para a análise do DNA, Saul define sua ação como um “gesto de boa-fé” para resolver a situação do inventário. Ele se disponibiliza para que o exame possa confirmar a relação sanguínea entre Agustinho e Samuel. O pedido é motivado pelo estado de saúde delicado do herdeiro, que recentemente foi submetido a uma cirurgia emergencial. Saul enfrentou complicações graves e agora precisa de cuidados contínuos.
Desafios Financeiros
Em sua petição, Saul destaca que não possui condições financeiras para arcar com os custos médicos, que estão sendo cobertos por terceiros. Ele argumenta que, sendo herdeiro de um patrimônio significativo, é injusto não ter acesso ao auxílio necessário em um momento tão difícil.
No início de agosto, Saul já havia solicitado acesso à herança, mencionando estar em estado crítico na UTI. Porém, seu irmão, Michael Klein, contesta essa versão, afirmando que Saul foi o único herdeiro a receber adiantamento da herança, totalizando mais de R$ 30 milhões.
Controvérsias e Implicações Legais
A defesa de Michael apontou que uma nova antecipação foi negada pela Justiça, que se refere ao processo de inventário como um procedimento que não se assemelha a um “caixa eletrônico”. Além disso, eles negaram a necessidade de dinheiro para o tratamento, pois Saul teria recebido alta hospitalar poucos dias após a internação.
Acusações contra Saul também surgem em contexto criminal, relacionadas a crimes sexuais. Ele foi condenado em 2023 a pagar R$ 30 milhões por exploração sexual e outros crimes.
A fortuna deixada por Samuel Klein é estimada em R$ 260 milhões, podendo chegar a cerca de R$ 500 milhões quando corrigida. Diante desse imbróglio familiar e financeiro, a população de São Caetano do Sul e os interessados no caso acompanham atentamente os desdobramentos.
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