SALVADOR
Decisão ainda cabe recurso, e a ré poderá recorrer em liberdade.
Por Leilane Teixeira
15/08/2025 – 22:02 h

Um esquema de fraudes documentais e plágios acadêmicos colocado em prática por falsos mestres –
A história de Cátia Regina Raulino, que se apresentava como professora de Direito, é um conto de ambição e engano. Condenada a 10 anos de prisão, a sua trajetória é marcada por documentos forjados e a usurpação de trabalhos de alunos.
A decisão do Tribunal de Justiça, que considerou as provas contundentes, revelou os crimes cometidos:
- 2 crimes de uso de documento falso
- 3 crimes de violação de direito autoral qualificada
Como funcionava o esquema?
Fraudes Documentais
Para alcançar posições de destaque em instituições privadas da Bahia, Cátia utilizou artifícios enganosos. Ela apresentou diplomas falsos e um currículo repleto de informações fictícias.
- Em 2015, na Faculdade Ruy Barbosa (UniRuy), exibiu diplomas de graduação, mestrado e doutorado, supostamente emitidos pela UFMA, UFSC e UFBA, além de uma ata de defesa de doutorado forjada.
- Em 2019, na Unifacs, apresentou um diploma de pós-doutorado falso, necessário para lecionar no mestrado em Direito.
As instituições confirmaram à Justiça que não havia registro de Cátia como aluna e que os documentos eram fraudulentos.
Plágio Acadêmico
Outro aspecto doloroso da história envolve o plágio de trabalhos de alunos, que foram publicados sob a autoria de Cátia sem o devido reconhecimento. Em muitos casos, os verdadeiros autores só perceberam a traição ao tentarem registrar suas próprias pesquisas. Entre as vítimas estão:
- Solimar Santos Musse – Seu TCC foi publicado com 36,59% de similaridade em uma revista, sem sua autorização, resultando em desgosto acadêmico.
- Jardes Costa de Oliveira – Publicou seu trabalho sem dar crédito, mesmo após uma proposta de coautoria; o plágio foi confirmado judicialmente.
- Lorena Nogueira Falcão – Teve seu TCC mantido sob 28,86% de similaridade em um livro jurídico, enquanto Cátia tentava encobrir o plágio com um e-mail falso.
Condenação e Pena
Consequentemente, Cátia Raulino foi sentenciada a:
- 10 anos de prisão em regime fechado
- 50 dias de multa
- R$ 10 mil em indenizações para cada vítima de plágio
Ela foi absolvida de fraude processual e de um caso de violação de direito autoral, devido à falta de provas. A decisão ainda permite que ela recorra em liberdade.
Esta narrativa revela não apenas a ambição desmedida de um indivíduo, mas o impacto devastador que suas ações tiveram sobre muitos. E você, o que pensa sobre essa história? Compartilhe suas reflexões nos comentários.
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