Celso Amorim diz que EUA “não estão praticando a diplomacia”

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Na última segunda-feira (12/8), Celso Amorim, assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, levantou uma questão crucial: os Estados Unidos “não estão praticando a diplomacia” nas suas relações comerciais com o Brasil. Essa afirmação surge em um momento delicado, marcado por tarifas econômicas elevadas impostas aos produtos brasileiros, que chegaram a 50% nos EUA.

Durante sua participação no programa Roda Viva, Amorim deixou claro que o Brasil tem tentado estabelecer um diálogo, mas ressaltou que “o diálogo precisa ter duas partes”. Ele ainda refletiu sobre a retórica dos EUA, mencionando uma nota que supostamente tenta isolar o ministro Alexandre de Moraes dos outros poderes, advertindo que o Brasil não cairá nessa armadilha.

A crescente tensão e o “tarifão” imposto por Trump provocaram questionamentos sobre como o governo Lula reagiria. Ao ser indagado sobre a possibilidade de novas sanções em relação a uma eventual condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, Amorim expressou ceticismo e otimismo. “É um absurdo acreditar que os EUA reagiriam assim. O governo está preparado para tudo o que for necessário”, afirmou, destacando que um confronto comercial não é do interesse americano.

Amorim também abordou a estratégia do governo brasileiro em diversificar suas relações comerciais além do grupo dos Brics. “Estamos conversando com a União Europeia, a Associação Europeia de Livre Comércio e países da ASEAN, entre outros”, destacou, enfatizando a importância de explorar novas oportunidades comerciais.

Quando questionado sobre a postura do presidente Trump, Amorim expressou que qualquer mudança de sua filosofia seria considerada um “quase um milagre”. Ele fez referência à complexidade da situação, ressaltando que existe uma mistura indevida entre política, Judiciário e economia, que dificulta as relações bilaterais.

Neste cenário, o governo brasileiro busca alternativas para mitigar os impactos da tarifa imposta, enquanto o presidente Lula dialoga com líderes globais, incluindo Rússia, Índia e China. Em breve, o governo anunciará um pacote de medidas destinado a minimizar os efeitos desse tarifão sobre a economia nacional.

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