A Christian Aid advertiu que a situação em Gaza pode se agravar, resultando em mais mortes por fome, a menos que a guerra termine rapidamente e a ajuda humanitária seja liberada. Estima-se que cerca de 269 pessoas, incluindo pelo menos 112 crianças, já tenham morrido devido à fome na região.
A Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC), apoiada pela ONU, declarou um estado de fome na Cidade de Gaza, considerando a situação “inteiramente provocada pelo homem”. Segundo informações do The Telegraph, após 22 meses de conflito, mais de meio milhão de pessoas na Faixa de Gaza enfrentam condições catastróficas, marcadas por fome e miséria.
Israel, por sua vez, refutou essa declaração. O primeiro-ministro israelense afirmou que o país não pratica uma política de fome. Contudo, Katie Roxburgh, gerente do programa da Christian Aid para Israel e os territórios palestinos ocupados, disse que a declaração do IPC não surpreende os habitantes de Gaza. “O povo de Gaza já sabia que estava vivendo uma época de fome”, destacou.
Roxburgh detalhou as duras condições de vida, mencionando relatos de sobreviventes que relatam dor física intensa por dependerem de uma única tigela de sopa de lentilha por dia. Muitos estão enfrentando fraqueza extrema e desnutrição severa, levando até à perda de cabelo.
Ela responsabilizou o bloqueio de Gaza por Israel pelo sofrimento da população, que agora enfrenta operações militares em um cenário devastador. “É inaceitável que estejamos vendo o início de operações militares, expulsando quase um milhão de pessoas de suas casas e colocando suas vidas em risco”, disse.
A Christian Aid está fazendo um apelo à solidariedade, convidando pessoas a participar da campanha #FastforGaza, que envolve jejuar por 24 horas ou por um período escolhido uma vez por semana.
Essa situação é alarmante, e sua continuidade pode levar a mais tragédias humanas. O que você pensa sobre esse cenário? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.
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