Cinco mineiros seguem presos em mina no Chile; buscas continuam

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As operações de resgate na mina El Teniente, no Chile, continuam intensas após um terremoto de magnitude 4,2 que resultou no colapso de parte da estrutura, deixando cinco trabalhadores presos. Esta mina, reconhecida como o maior depósito subterrâneo de cobre do mundo, é propriedade da estatal Codelco, que já reduziu suas atividades desde o incidente.

O tremor, um dos mais fortes na região em décadas, bloqueou as vias de acesso à área chamada Teniente 7, complicando ainda mais as operações de socorro. O acidente também resultou na morte de um trabalhador e ferimentos em outros nove.

“Sabemos exatamente onde eles estão e estamos realizando operações de resgate para alcançá-los. Não tivemos contato com eles desde que o acesso à área está bloqueado”, explicou Andrés Music, gerente geral da divisão El Teniente. Os trabalhadores são contratados da empresa Gardilcic, que presta serviços à Codelco.

Neste sábado, a Codelco anunciou um progresso encorajador: as equipes de resgate avançaram 16 metros no túnel afetado, somando 9 metros na face sul e 7 metros na face norte. As condições sísmicas na área têm se mantido estáveis, o que tem auxiliado nos trabalhos.

Rubén Alvarado, CEO da mineradora, destacou que mais de 100 socorristas estão empenhados continuamente, sob rigorosos padrões de segurança. “O mais importante é proteger a segurança dos socorristas e garantir que cada passo adiante seja sólido”.

Sobre o cronograma de resgate, Alvarado declarou que as primeiras 48 horas são cruciais, mas evitou estabelecer prazos definitivos: “Nossa prioridade é chegar até eles o mais rápido possível”.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, reiterou o comprometimento do governo, informando que “todas as energias” estão voltadas para o resgate dos trabalhadores. Ele garantiu que nenhum recurso será poupado: “Monitoraremos esse processo 24 horas por dia, 7 dias por semana. Avisem às famílias e a todos os chilenos que não descansaremos até encontrá-los”.

Além disso, a ministra da Mineração, Aurora Williams, anunciou a suspensão temporária de todas as operações subterrâneas da mina como parte do protocolo para acidentes graves, visando garantir a segurança dos trabalhadores enquanto se apuram as causas do colapso.

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