O Instituto Terapêutico Liberte-se, localizado no Paranoá (DF), foi palco de um incêndio na madrugada do último domingo, resultando na morte de cinco pessoas e deixando 11 com sintomas de intoxicação por fumaça. A clínica, que funcionava sem licença, já havia sido interditada pela Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) em 12 de julho do ano passado.
Durante a interdição, foi verificado que a clínica operava sem a devida autorização. Mesmo após a ordem de fechamento, o local continuou a funcionar clandestinamente. Equipes do DF Legal abordaram o estabelecimento após uma denúncia feita pela Ouvidoria do GDF, revelando a falta da licença necessária para funcionar.
Douglas Costa de Oliveira Ramos, o proprietário da clínica, admitiu à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que havia solicitado o alvará, mas este ainda não tinha sido expedido. Além disso, a clínica não tinha sido aprovada pelo Corpo de Bombeiros e não passou pela vistoria obrigatória.
O que se sabe sobre o incêndio
- O incêndio ocorreu por volta das 3h e consumiu a clínica onde, no momento, havia 46 internos.
- As vítimas fatais foram identificadas como Darley Fernandes de Carvalho, José Augusto, Lindemberg Nunes Pinho, Daniel Antunes e João Pedro Santos.
- A causa do incêndio ainda não foi determinada, e a investigação está sob a responsabilidade da 6ª Delegacia de Polícia.
- O Corpo de Bombeiros controlou as chamas e encaminhou os feridos para hospitais da região.
O Corpo de Bombeiros informou que encontrou os corpos das cinco vítimas no processo de rescaldo. As 11 pessoas levadas ao hospital têm idades que variam de 21 a 55 anos, e seus nomes foram divulgados apenas com as iniciais. Veja alguns deles:
D.S., 24 anos; L.G., 21 anos; L.S., 21 anos; M.D., 28 anos; J.G.S.J., 30 anos; R.S., 44 anos; M.S., 24 anos; E.G.S., 33 anos; R.F.M., 33 anos; G.S.D.S.Q., 34 anos; e R.Q., 55 anos.
Nota da Administração Regional
A Administração Regional do Paranoá esclareceu que não possui competência para emitir o alvará de funcionamento isoladamente. Para a continuidade do processo, são necessárias vistorias e aprovações de outros órgãos. A licença de localização foi deferida recentemente, mas isso não equivale ao alvará de operação.
“Lamentamos profundamente o trágico evento e manifestamos nossas condolências às famílias afetadas”, destacou a administração em nota.
Pronunciamento da clínica
Até o momento, o Instituto Terapêutico Liberte-se se manifestou lamentando as mortes e reafirmando sua disposição em colaborar com as investigações para esclarecer a situação. A clínica disse que está comprometida com a transparência e a apuração rigorosa dos fatos.
Este cenário trágico levanta importantes questões sobre a regulamentação de clínicas de reabilitação e a segurança de seus pacientes. O que você pensa sobre a situação? Deixe seu comentário.
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