Um grave escândalo de corrupção está em curso na Argentina, ligando Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei, a práticas suspeitas na compra de medicamentos para pessoas com deficiência. Audios vazados sugerem que Karina estaria cobrando uma porcentagem do valor pago pela Agência Nacional de Deficiência (Andis) a uma drogaria, o que levantou a atenção da Justiça, embora até o momento não existam acusados formais.
As investigações começaram após a divulgação de áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, o ex-diretor da Andis, que afirma que Karina cobra 3% do montante em transações que podem ultrapassar meio milhão de dólares mensais. O governo já afastou Spagnuolo de seu cargo e um braço direito de Karina, Eduardo Menem, também é mencionado no esquema.
No dia 16 de agosto, o juiz federal Sebastián Casanello ordenou uma série de buscas, incluindo a do endereço de Jonathan Kovalivker, um dos proprietários da drogaria em questão. Ele foi encontrado com 266.000 dólares em sua posse, levando a investigações aprofundadas sobre o suposto esquema.
Até agora, Karina não respondeu publicamente às acusações, mas o presidente Milei declarou que as afirmações são falsas e prometeu processar Spagnuolo. Em meio a uma crescente pressão política, a Secretaria de Comunicação do governo sugeriu que a situação está sendo usada como ferramenta eleitoral pela oposição, com as eleições legislativas nacionais se aproximando.
O impacto nos mercados financeiros é notável, com a bolsa de Buenos Aires em queda e o peso argentino sob pressão. A situação é ainda mais delicada, pois ocorre logo após o Congresso rejeitar um veto do presidente a uma lei que busca aumentar os recursos para o setor de deficiência.
A drogaria Suizo Argentina se defendeu, afirmando que está em conformidade com as leis em vigor, enquanto os irmãos Kovalivker já entregaram seus celulares às autoridades. Com a tensão crescente, resta saber como essa crise influenciará o futuro político de Milei e a percepção pública sobre seu governo.
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