Nos últimos 12 meses, o preço das corridas por aplicativo em Salvador disparou, refletindo um aumento de 35% conforme os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essa elevação impacta diretamente o cotidiano dos soteropolitanos, que dependem de serviços como Uber e 99 para se locomover.
Esse aumento é o quarto maior entre as capitais brasileiras, ficando atrás apenas de Brasília, com 62,1%, São Paulo, com 55%, e Recife, que alcançou 54%. A média nacional de elevação no custo das corridas foi 44,5%, posicionando o transporte por aplicativo em segundo lugar entre os 377 itens do IPCA, abaixo apenas do café, que teve um aumento impressionante de 77,8%.
Os números indicam que o aumento foi mais acentuado em dois momentos: em dezembro de 2024, com uma alta de 20,7%, e em junho de 2025, quando os preços subiram outros 13,77%. Para comparação, o preço dos combustíveis subiu apenas 6,92% nos últimos 12 meses, evidenciando a discrepância no aumento dos custos de transporte por aplicativo.
Uma possível solução para essa crise de preços é um projeto de lei que visa limitar a taxa que as empresas de aplicativos podem cobrar, restringindo-a a 25% do valor da corrida. No entanto, esta proposta permanece estagnada na Câmara dos Deputados, retirando-se da pauta após um acordo entre os parlamentares.
Atualmente, estima-se que 1,7 milhão de motoristas estejam trabalhando para aplicativos, um crescimento de 35% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec). Dados do IBGE destacam que o cálculo dos preços é feito através de coleta automática na internet, o que permite uma mensuração eficiente das variações de preço, alinhada aos hábitos de consumo da população.
Os preços de “transporte por aplicativo” excluem o transporte de mercadorias e o realizado por motocicletas, focando exclusivamente no serviço padrão de transporte de passageiros. Essa situação instaura um alerta sobre como a legislação pode influenciar o mercado e o cotidiano dos usuários.
E você, como tem lidado com esses aumentos? Compartilhe suas experiências ou soluções nos comentários abaixo!
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