O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou, nesta sexta-feira, 22, sua versão no inquérito que investiga uma suposta tentativa de pressão sobre autoridades brasileiras no contexto do processo referente à tentativa de golpe de Estado em 2022.
Na manifestação, os advogados de Bolsonaro afirmaram que “o indiciamento feito pela Polícia Federal (PF) carece de provas consistentes”. Eles também solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a revisão da prisão domiciliar imposta ao ex-presidente.
A defesa destacou que Bolsonaro estaria sendo punido por ações atribuídas a terceiros. No documento apresentado ao STF, os advogados ressaltam que “não há registros de mensagens do ex-presidente incentivando atos golpistas; pelo contrário, ele teria evitado se pronunciar para não complicar a situação”. Adicionalmente, enfatizaram que, em um ano e meio, não houve descumprimento das medidas cautelares já determinadas.
Essa argumentação foi enviada após Moraes ter dado 48 horas para que a defesa explicasse:
- supostos descumprimentos de cautelares;
- indícios de planejamento de fuga;
- continuidade de condutas ilícitas.
Indiciamento
Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados pela PF sob a acusação de tentarem interferir no processo relacionado ao golpe. Os investigadores indicam que ambos agiram em conjunto para pressionar ministros do STF e parlamentares.
Em resposta, a defesa negou que um rascunho de pedido de asilo político à Argentina, encontrado no celular de Bolsonaro e datado de fevereiro de 2024, pudesse ser visto como um plano de fuga. Eles lembraram que o ex-presidente compareceu a todos os atos processuais e permaneceu em casa quando foi determinada a utilização de tornozeleira eletrônica.
O desenrolar deste caso promete movimentar ainda mais a política nacional. Que tal deixar sua opinião nos comentários sobre essa situação e o rumo que pode tomar?
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