Na noite de quarta-feira, 13 de agosto, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação sobre uma suposta trama golpista para anular as eleições de 2022. Um dos principais pontos levantados foi a acusação de que o tenente-coronel Mauro Cid teria mentido “reiteradas vezes” em seus depoimentos.
A defesa argumentou que Cid violou medidas cautelares impostas a ele ao utilizar uma conta no Instagram. Também criticou o que classificou como uma “nova abordagem jurídica” em relação à colaboração premiada, insinuando que as declarações da Procuradoria-Geral da República (PGR) foram excessivamente brandas. A defesa destacou: “O colaborador mentiu e o fez reiteradas vezes”.
Reforçando sua posição, a defesa de Bolsonaro alegou que a colaboração de Cid não deve ser considerada válida, pois contraria os princípios que regem as delações premiadas. “Sem colaboração, não há como se cogitar de uma acusação válida”, afirmaram, evidenciando a centralidade da cooperação do tenente-coronel nas acusações contra o ex-presidente.
Além de contestar a credibilidade de Cid, a defesa negou a alegação de que Bolsonaro seria responsável por uma campanha contra as urnas eletrônicas, enfatizando que nunca existiu um documento que previsse a prisão de ministros do STF. Segundo os advogados, a narrativa apresentada pela acusação se distorceu em relação aos fatos. “A narrativa sobre o decreto ficou”, afirmaram.
As acusações contra integrantes do núcleo 1 da ação penal incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado, entre outras. As alegações finais foram apresentadas após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defender a condenação de todos os acusados, incluindo Mauro Cid, que solicitou a manutenção de sua delação.
Agora, a expectativa é de que o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, peça a marcação do julgamento, previsto para ocorrer em setembro no STF. Este será um momento crucial para todos os réus envolvidos na investigação. O que você acha dessa situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre o desenvolvimento desse caso tão polêmico.
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