O descarte inadequado de medicamentos é um problema alarmante que compromete tanto a saúde pública quanto o meio ambiente. Muitos não sabem que farmácias são obrigadas a ter pontos de coleta, e essa desinformação agrava a situação. Ao descartar hormônios ou anticoncepcionais de maneira errada, contaminamos solos e águas, gerando consequências perigosas para a natureza e para a nossa saúde.
A bióloga Átila Batista, docente do Centro Universitário UniRuy Wyden, destaca os riscos envolvidos. “Medicamentos, especialmente os que alteram hormônios ou possuem alta toxicidade, podem ser extremamente prejudiciais”, alerta. Assim, substâncias como quimioterápicos e anticoncepcionais não apenas afetam a fauna aquática, mas também podem retornar aos seres humanos, causando sérios problemas de saúde.
Apesar das diretrizes estabelecidas pelo Decreto Federal 10.388/2020 obrigando o funcionamento de pontos de coleta, a realidade é diferente em muitas regiões. Dados de 2023 revelam que a Bahia conta com apenas 235 pontos de coleta, concentrados em apenas 26 das 417 cidades do estado. “Mesmo em Salvador, onde a maior parte está localizada, a disponibilidade de coleta ainda é insuficiente”, comenta Maria Fernanda Barros, farmacêutica do CRF-BA.
A dificuldade de encontrar locais para descarte adequado é um ponto levantado por moradores como Brisa Santiago de Camaçari. “‘Antes, eu deixava os medicamentos em um supermercado, mas agora, após o fechamento, não sei onde descartar’, diz. Muitos enfrentam a frustração de não saber a quem recorrer para realizar o descarte de maneira responsável.
A desinformação é um inimigo a ser combatido. Luiz Lourenço e sua esposa guardam remédios vencidos devido à falta de conhecimento sobre o descarte adequado. “Nunca soubemos que havia locais específicos para isso”, lamentam. Por outro lado, Patrícia Silva costuma descartar medicamentos no vaso sanitário, sem saber das consequências desse ato. “Agora que sei, vou procurar fazer isso do jeito certo”, afirma.
A informação correta é fundamental para garantir que todos façam sua parte nesse ciclo. Os consumidores devem consultar a farmácia mais próxima para saber sobre pontos de coleta ou, se necessário, pedir orientações aos profissionais. O desafio está lançado: vamos juntos mudar essa realidade e proteger nosso planeta e nossas vidas?
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