O primeiro-ministro da França, François Bayrou, anunciou que a moção de confiança convocada para o dia 8 de setembro será decisiva para o futuro do país. Em uma entrevista a quatro canais de notícias, ele destacou que a votação não decidirá seu futuro pessoal, mas sim o destino da França.
Na última segunda-feira, Bayrou surpreendeu a nação ao informar sobre sua intenção de ganhar apoio para um plano de cortes de gastos, em meio a um parlamento dividido. A oposição já deixou claro que não apoiará sua proposta. O líder socialista Olivier Faure, em uma declaração recente, reafirmou que o partido votará contra o governo e pediu que Bayrou “diga adeus”. Além dele, grupos da extrema direita, esquerda radical e ecologistas também se mostraram contrários à proposta.
Bayrou, que tem 74 anos, afirmou que são necessários sacrifícios para reduzir a dívida francesa e garantir um futuro estável. Ele busca apoio para um plano de economia orçamentária avaliado em quase 44 bilhões de euros, o equivalente a cerca de 279,8 bilhões de reais. O presidente Emmanuel Macron, por sua vez, manifestou total apoio à iniciativa de Bayrou, o sexto primeiro-ministro desde que assumiu a presidência em 2017.
Caso o governo Bayrou seja derrubado, a situação política na França poderá se agravar ainda mais. Desde a dissolução da Assembleia Nacional em junho de 2024, a política do país vive uma instabilidade crônica, resultante das eleições que formaram uma câmara dividida em três blocos: esquerda, macronistas e conservadores aliados, e extrema direita.
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