Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, protagonizou um dia repleto de reações contundentes ao governo de Donald Trump, que vem tratando-o como uma figura “tóxica”. Em uma entrevista ao The Washington Post, Moraes deixou claro sua firmeza na condução dos processos relacionados ao golpe, afirmando: “Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro. Faremos o que é certo: analisaremos as provas e a condenação ou absolvição ocorrerá conforme a justiça exigir”.
Trump tinha previamente enviado uma carta aberta a Lula, solicitando a suspensão imediata do julgamento de Bolsonaro e demais envolvidos nos eventos de dezembro de 2022 e janeiro de 2023, e em retaliatório, impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Lula interpretou a missiva como uma intervenção nas questões internas do Brasil, não hesitando em rechaçar a ação de Trump. O ex-presidente dos EUA ainda sancionou Moraes e outros ministros, proibindo-os de entrada nos Estados Unidos.
Durante sua entrevista, Moraes também aproveitou para criticar Eduardo Bolsonaro, acusando-o de “envenenar” as relações Brasil-EUA através de desinformação. Pursuando sua linha de resistência, Moraes tomou uma segunda atitude ao rejeitar o recurso de uma cabeleireira condenada por vandalismo, mostrando que a punição é levada a sério mesmo diante das pressões externas.
Por sua vez, a decisão do ministro Flávio Dino ganhou atenção como uma resposta velada às ameaças de Trump. Em um despacho no âmbito de um litígio que envolvia o Instituto Brasileiro de Mineração e municípios frente à Justiça do Reino Unido, ele afirmou que leis estrangeiras só podem ser executadas no Brasil se homologadas ou por meio de mecanismos de cooperação internacional, ressaltando sua posição sobre a soberania do país.
Dino esclareceu que tais normas não afetam ações realizadas no Brasil, contratos locais, nem bens ou empresas que atuem no território nacional. O advogado Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, reforçou que as leis internacionais carecem de validação pelo Congresso e pelo judiciário brasileiro antes de terem efeitos práticos no Brasil.
Embora o governo americano tenha invocado a Lei Magnitsky para penalizar Moraes, essa legislação, que permite sanções a indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos, não deve ser vista como uma sentença irrevogável. Advogados nos EUA acreditam na possibilidade de contestação à aplicação da Lei Magnitsky a Moraes, tornando ainda incerta a efetividade dessa medida.
A situação continua a se desenrolar: será que Moraes conseguirá driblar essas sanções com o suporte legal de Dino? O tempo é um aliado que ainda precisa revelar sua resposta. Nos instigue com seus pensamentos: o que você acha que acontecerá a seguir?
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