Ensinar as crianças a lidar com dinheiro desde cedo pode ser fundamental para formar adultos financeiramente responsáveis. Essa é a opinião do educador financeiro Edgar Abreu, que enfatiza a necessidade de uma educação financeira que vá além de incentivar a poupança.

Segundo Abreu, é essencial ensinar noções de crédito e débito, pois o principal desafio na vida adulta é equilibrar as entradas e saídas financeiras. Ele afirma que “não é a poupança que muda a vida da criança, mas sim o comportamento”. O especialista sugere uma abordagem inovadora: substituir a mesada tradicional por uma “despesada”, que inclui pequenas despesas e responsabilidades. Isso ajuda a aproximar a vivência das crianças da realidade dos adultos.

Os dados apresentados ficam ainda mais pertinentes diante do cenário atual das famílias brasileiras. Uma pesquisa realizada pela SalaryFits, em parceria com a Serasa Experian, revela que 54% dos trabalhadores brasileiros não conseguem chegar ao fim do mês com o salário. Embora esse índice tenha melhorado em relação ao ano anterior, ele ainda é alarmante.

Além disso, apenas 20% dos trabalhadores afirmam ter controle total sobre suas finanças. Apenas 25% conseguiriam arcar com uma despesa inesperada de R$ 10 mil sem precisar recorrer a empréstimos. Esse desequilíbrio no orçamento tem um impacto significativo na saúde emocional, com 66% dos entrevistados relatando um aumento no estresse.

Para Abreu, é fundamental que a educação financeira faça parte tanto da educação familiar quanto da escolar. “Se não mudarmos a forma como ensinamos nossos filhos a lidar com dinheiro hoje, perpetuaremos esse ciclo de dificuldades no futuro. A educação financeira é um investimento para as próximas gerações”, conclui.

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