O programa Mais Médicos, que transformou o cenário da saúde em mais de 4 mil municípios brasileiros desde sua criação em 2013, é um exemplo significativo da colaboração internacional em saúde pública. Apesar das recentes críticas dos Estados Unidos, que questionaram a parceria com Cuba, a maioria da população ainda vê o programa como um sucesso, com mais de 66,6 milhões de pessoas atendidas.
Os médicos cubanos, que representaram a maior parte do contingente de profissionais nas primeiras edições do programa, foram fundamentais na melhoria do acesso à atenção básica, reduzindo o déficit em até 56% em várias regiões. De acordo com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, o programa também melhorou a relação entre médicos e pacientes, promovendo a continuidade de tratamentos que, anteriormente, eram propensos ao abandono.
A revogação dos vistos dos profissionais brasileiros envolvidos na cooperação com Cuba foi anunciada pelo Departamento de Estado dos EUA, sob alegações de participação em um suposto esquema de trabalho forçado. Esta sanção surge em meio a um bloqueio econômico de mais de 60 anos imposto aos cubanos, cuja exportação de médicos é essencial para a economia do país.
Desde seu início, 605 mil médicos cubanos já contribuíram com 165 nações, destacando-se pela assistência em áreas carentes. Mesmo com a redução do número de cubanos no Mais Médicos — hoje representando apenas 10% do total de profissionais — a sua atuação continua a ser valorizada. Pesquisas demonstram que 95% dos pacientes atendidos estão satisfeitos, com notas médias acima de 8 em avaliações de qualidade.
Este cenário relembra a importância da solidariedade internacional no enfrentamento de desafios de saúde pública. O legado dos médicos cubanos no Brasil ainda ressoa entre as comunidades onde atuam, provando que a cooperação entre nações pode ser um poderoso agente de mudança. Qual é a sua opinião sobre a presença de profissionais estrangeiros na saúde brasileira? Compartilhe seus pensamentos!
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