A equipe do renomado cantor Milton Nascimento se manifestou diante da repercussão da ação judicial movida contra o Cruzeiro. O processo decorre do uso indevido da música “Clube da Esquina n° 2” no anúncio da contratação de Gabigol como novo jogador do clube, divulgado em 1° de janeiro deste ano. Segundo a nota oficial, este uso configura uma violação das normas da Lei de Direitos Autorais.
O processo foi respaldado por Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges, em colaboração com a Sony Music. A equipe declarou que, antes de recorrer à Justiça, tentou estabelecer um diálogo amigável com o Cruzeiro, porém, as tentativas foram ignoradas. “A música foi utilizada para promover a contratação de um jogador sem qualquer autorização, caracterizando uma violação direta da legislação que protege os direitos autorais”, apontou o comunicado.
Além de esclarecer a situação jurídica, a equipe de Milton demonstrou preocupação com a onda de ataques direcionados ao artista após a divulgação do processo. Foi afirmado que medidas legais seriam tomadas contra aqueles que proferirem comentários ofensivos, ressaltando que a internet não é um espaço sem consequências legais.
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— Gabriel Barbosa (@gabigol) January 1, 2025
A nota da equipe reforça a importância do respeito à profissão artística. “A música é trabalho, é sustento, é propriedade intelectual. Assim como os jogadores têm direito ao seu pagamento, compositores e artistas também devem ter suas obras respeitadas”. A analogia utilizada ilustra bem essa perspectiva: seria aceitável que alguém pedisse produtos em um supermercado gratuitamente, apenas por amor a um time? A equipe busca conscientizar sobre o valor do trabalho artístico.
Por fim, a equipe de Milton Nascimento expressa sua indignação diante do ódio e das ofensas nas redes sociais, reafirmando que a luta não é por dinheiro, mas por um reconhecimento justo e pela defesa dos direitos autorais. “Esta é uma briga pela dignidade do trabalho artístico e pelo respeito à profissão”, conclui o comunicado.
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