Na noite de terça-feira, 13 de agosto de 2025, Kim Keon-hee, a ex-primeira-dama da Coreia do Sul, foi presa sob acusações de corrupção e abuso de poder. Seu marido, Yoon Suk-yeol, ex-presidente do país, também está detido, marcando um momento inédito na política sul-coreana. Um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão contra Kim após avaliar a possibilidade de destruição de provas, considerando três das 16 acusações que ela enfrenta como prioritárias.
Kim é acusada de participar de um esquema de manipulação de ações da Deutsch Motors, a distribuidora da BMW, entre 2009 e 2012, época anterior ao mandato de Yoon. Além disso, ela teria interferido de forma indevida na escolha de candidatos do Partido do Poder Popular nas eleições legislativas parciais de 2022. As investigações também apuram se Kim recebeu artigos de luxo de um xamã e de membros da Igreja da Unificação em troca de favores empresariais. A ex-primeira-dama nega todas as acusações.
Os detentos são os primeiros um casal presidencial a enfrentar a justiça ao mesmo tempo no país. Enquanto Kim se encontra no Centro de Detenção de Nambu, em Seul, Yoon permanece em uma unidade prisional em Uiwang, respondendo por insurreição e abuso de poder devido a uma tentativa frustrada de impor lei marcial. Kim ocupa uma cela individual que conta com o básico, como uma mesa dobrável e banheiro, segundo relatos da agência de notícias Yonhap.
A imagem de Kim era alvo de controvérsias desde antes do início do mandato do marido, e ela chegou a ser apelidada de “V0” por alguns círculos políticos, insinuando que sua influência ultrapassava a do próprio presidente. O período inicial de detenção é de 20 dias, dando às autoridades a missão de trabalhar rapidamente nas acusações. Até o momento, Yoon se recusa a colaborar com os promotores em relação aos casos que envolvem sua esposa.
Um desenvolvimento adicional nas investigações foi a confissão da construtora Seohee, que admitiu ter dado um colar de diamantes de Van Cleef & Arpels, avaliado em cerca de US$ 43.000, a Kim. Embora ela alegue que o item era uma imitação, a empresa revelou que o original foi devolvido anos atrás. Ambos os colares foram entregues à promotoria como evidências. Simultaneamente, um ex-assistente de Kim foi preso ao retornar do Vietnã e teve seus títulos acadêmicos revogados devido a plágio.
Este enredo intrigante e cheio de reviravoltas levanta questões sobre os limites do poder e a responsabilidade de figuras públicas. O que você acha sobre essa situação controversa? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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