No cenário eleitoral da Bolívia, o ex-presidente Evo Morales se posiciona como um observador imparcial, assegurando que não apoia nenhum candidato nas eleições gerais que acontecem neste domingo. Durante sua participação, no Trópico de Cochabamba, Morales se manifestou ao afirmar que não tem acordos políticos, ressaltando sua intenção de votar nulo.
O ex-mandatário, que ocupou o cargo de 2006 a 2019, compareceu cedo à seção eleitoral na localidade de Villa 14. Ele levou uma caneta para registrar seu voto nulo, e com a ajuda de apoiadores, seguiu para sua transmissão ao vivo na “Radio Kawsachun Coca”, adornado com um colar de folhas de coca. Em seu discurso, destacou as ameaças e perseguições que o levaram a essa decisão, afirmando que, até quinze dias atrás, havia esperanças de formar alianças, mas essa possibilidade foi interrompida.
Morales pediu aos cidadãos que anulem seus votos, alegando que não há um candidato que realmente represente os interesses da população boliviana. Em resposta, o ministro de Governo, Roberto Ríos, advertiu sobre a intenção de alguns grupos associados a Morales de causar tumulto e dificultar o processo eleitoral, apelando para que os eleitores não se deixem influenciar por tais manobras.
O ex-presidente se encontra cercado por seguidores desde outubro de 2024, na tentativa de evitar uma ordem de prisão relacionada a acusações de tráfico de pessoas. Desde o final de 2021, Morales e o atual presidente Luis Arce se distanciaram, e o ex-governante renunciou à sua filiação ao partido Movimento ao Socialismo após perder o controle da legenda em quase três décadas.
Devido a questões legais, Morales não pôde concorrer, mesmo tendo tentado se registrar com um partido, que não tinha a documentação necessária. Com mais de 7,5 milhões de cidadãos habilitados a votar, as eleições ocorrem em meio a uma grave crise econômica, marcada por escassez de dólares, combustível e uma inflação alarmante.
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