A equipe econômica do governo Lula está em plena análise para desenvolver uma resposta ao tarifário imposto pelo presidente americano Donald Trump. Em vez de simplesmente taxar produtos dos EUA, o governo considera endurecer as regras de entrada desses produtos, eliminando o “licenciamento automático” das importações.

Atualmente, items como frutas, carnes, medicamentos, produtos químicos e microchips são importados com um processo facilitado, que permite sua entrada no país sem avaliações individualizadas, desde que já sejam transportados regularmente por um mesmo fabricante. Entretanto, com a mudança proposta, esse procedimento poderia ser revogado, levando a um impacto no tempo de entrada das mercadorias americanas, sem a necessidade de aumento de taxas.

A estratégia do governo é considerada uma abordagem menos confrontacional, enquanto deixa claro o desconforto do Brasil com a tarifa de Trump. Além disso, essa alteração seria apenas uma parte do plano de resposta à administração americana, que também inclui uma ajuda imediata a exportadores brasileiros, já mencionada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin.

O governo está avaliando a implementação de linhas de financiamento com baixo impacto fiscal, utilizando fundos disponíveis, como os do BNDES, Caixa e Banco do Brasil. Essa ajuda será direcionada especificamente a exportadores fortemente impactados, evitando uma distribuição ampla e indiscriminada dos recursos.

Em um cenário onde o setor do café, por exemplo, seria afetado, o governo acredita que a reposição para outros mercados seria viável. Entretanto, produtos que seguem regras sanitárias rigorosas, como pescados e derivados de madeira, enfrentariam dificuldades mais significativas para mudar de destino. A situação manifesta a complexidade das relações comerciais e as diversas nuances que o Brasil precisa considerar ao planejar suas ações.

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