No último sábado, dia 8, uma tensão territorial em Cumurixatiba, Prado, no extremo sul da Bahia, escalou a ponto de exigir a intervenção da Força Nacional de Segurança Pública. O conflito ocorreu entre a aldeia Caí e produtores rurais, mas felizmente não resultou em prisões ou feridos.
A disputa surgiu quando os indígenas da aldeia Caí reivindicaram o acesso a uma praia, cuja entrada havia sido fechada por fazendeiros que exploram a área. Este incidente não é isolado; os conflitos na região têm raízes mais profundas, refletindo disputas territoriais que se intensificaram nos últimos meses, especialmente com a ocupação da fazenda, demarcada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2014, mas ainda não homologada oficialmente.
A Força Nacional, composta por uma variedade de agentes de segurança, foi mobilizada para manter a ordem e facilitar o diálogo entre as partes envolvidas. Neste contexto, lideranças indígenas relataram a tentativa de cerca de 15 homens armados de retomar a fazenda sem respaldo legal, o que aumentou a tensão e a necessidade de intervenção do governo.
Além da ocupação, o presidente da Associação do Agronegócio do Extremo Sul da Bahia, Mateus Bonfim, alegou que os funcionários da fazenda foram feitos reféns e que um grupo de fazendeiros que tentava ajudar foi recebido a tiros. Em resposta, a Agronex explicou que a modificação do acesso à praia foi uma medida do proprietário da terra, que se comprometeu a sentar com a comunidade para discutir uma solução mais adequada.
O Ministério da Justiça destacou que a ação da Força Nacional visava não só a manutenção da segurança, mas também a mediação do conflito com a colaboração da Funai. Após uma avaliação da situação, a equipe conseguiu resolver o impasse pacificamente, garantindo que a Força Nacional prosseguiria com patrulhas intensificadas na área.
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