Em meio a intensos diálogos sobre segurança na Europa, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, reafirmou neste domingo (17) o comprometimento da União Europeia em apoiar a Ucrânia “o tempo que for necessário”. Durante uma coletiva em Bruxelas ao lado do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, ela enfatizou que o país possui o direito irrevogável à sua integridade territorial. Frases impactantes marcaram sua fala: “As fronteiras não podem ser alteradas pela força”. Essas declarações ecoam fortemente em contrastes com a postura do presidente dos EUA, Donald Trump, que sugere que Kiev deve considerar ceder áreas à Rússia em troca de um acordo de paz, o que ocorreu logo após uma conversa entre Trump e Vladimir Putin no Alasca.
O encontro de Zelenski com Trump, agendado para esta segunda-feira (18), contará com a presença de outros líderes europeus, como Emmanuel Macron, presidente da França, e Friedrich Merz, chanceler da Alemanha. Von der Leyen fez questão de esclarecer: a decisão sobre os territórios ucranianos deve ser responsabilidade exclusiva da Ucrânia. Embora tenha valorizado a intenção de Trump em oferecer garantias de segurança inspiradas na OTAN, reafirmou o compromisso da União Europeia em continuar pressionando Moscou com um novo pacote de sanções já em preparação.
A presidente da Comissão destacou ainda a importância de a Ucrânia fortalecer suas forças armadas, comparando-as a um “porco-espinho de aço” contra possíveis invasores. A UE está determinada a ampliar a capacidade de defesa da Ucrânia, especialmente no setor de drones. O processo de adesão da Ucrânia à União Europeia, que representa um passo significativo em direção à segurança estratégica, permanece em curso. Por sua vez, Zelenski rejeitou firmemente quaisquer concessões territoriais, enfatizando que a Constituição da Ucrânia impossibilita tais negociações. “Qualquer discussão sobre território deve ser entre Ucrânia e Rússia, mediada pelos Estados Unidos”, declarou.
Ele também enfatizou a necessidade de um cessar-fogo antes de qualquer acordo final, sublinhando que a unidade europeia é crucial: “É essencial que a Europa permaneça tão unida quanto em fevereiro de 2022 para parar as mortes”. O presidente ucraniano denunciou as exigências de Putin, que ele considera “antieuropeias”, e alertou para o risco de divisão entre Moldávia e Ucrânia. A posição de Trump se opõe a essa narrativa, provocando reações negativas em Kiev e entre líderes europeus, que preocupam-se com as implicações de negociações em tempo de conflito.
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