No mundo atual, a pergunta inicial sobre a razão de ser das empresas evoluiu drasticamente. Se, há não muito tempo, a resposta parecia simples — gerar lucro para acionistas — hoje a real questão se expande: para que custo? Que valor se gera além do capital? É na intersecção entre lucratividade e responsabilidade social que encontramos o conceito moderno de função social das empresas, uma transformação que começou a ser debatida nas últimas décadas.
À medida que enfrentamos desafios globais — como a escassez de recursos e a urgência climática — percebemos que as empresas precisam ir além da criação de empregos e do pagamento de impostos. O surgimento de consumidores e investidores mais conscientes pressionou as organizações a rever seus propósitos, cada vez mais atentas a práticas de sustentabilidade e responsabilidade social. Esse movimento representa um importante passo na narrativa evolutiva das empresas.
E nesse contexto de transformação, surgiu um elemento essencial na governança: uma estrutura que vai muito além de burocracias e normas. Governança é um compromisso com a ética e um propósito claro, um caminho que as organizações escolhem percorrer ao optar por criar valor não apenas para seus acionistas, mas para a sociedade e o planeta. Esse foco no legado influencia diretamente o futuro das empresas e, por extensão, das gerações que virão.
Recentemente, assumi a coordenação geral do Capítulo Bahia do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), uma das instituições mais respeitadas sobre o tema no mundo. O IBGC define governança como um sistema de princípios e processos que visa a geração de valor sustentável. Empreender sem uma estrutura de governança sólida é arriscado — e, na prática, as empresas que a adotam tendem a ser mais bem-sucedidas, atraindo investidores e estabelecendo parcerias valiosas.
Um aspecto fundamental é a liderança. A alta administração desempenha um papel vital na formação da cultura corporativa, influenciando o comportamento e o engajamento dos colaboradores. Quando lideranças éticas e inspiradoras se destacam, promovem um ambiente propício à inovação e à retenção de talentos. Assim, empresas melhores se traduzem em uma sociedade mais saudável — e essa lógica de governança é o norte que almejamos.
E você, como vê a importância da governança nas organizações atualmente? Compartilhe suas ideias e experiências nos comentários e junte-se a essa conversa essencial sobre o futuro das empresas!
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