Guarajuba: denúncia revela trabalho infantil e condições precárias em obra

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Em Guarajuba, uma denúncia impactante revelou o uso de trabalho infantil em condições deploráveis em uma obra de construção civil. Um adolescente de 17 anos, que será chamado de Fernando para preservar sua identidade, abandonou seu emprego como ajudante de pedreiro após meses de exaustivas jornadas sem carteira assinada e sem a devida proteção. Em busca de seus direitos, ele procurou o Portal A TARDE e registrou sua situação no Ministério Público do Trabalho da Bahia, revelando uma realidade alarmante na indústria da construção.

Fernando relata ter sido atraído por uma oferta que prometia uma diária de R$ 94 e a assinatura de sua carteira, promessas que nunca se concretizaram. Aceitou o trabalho por necessidade, já que tinha uma filha recém-nascida e uma namorada para sustentar. Após meses enfrentando condições insalubres, como dormir em um dispensa improvisada repleta de insetos e sujeira, decidiu tirar um tempo de sua vida sob pressão e sofrimento.

Sua mãe, dona Maria, expressou sua angústia ao permitir que o filho trabalhasse. Sem opções, afirmou que a necessidade era urgente: comprar leite para o bebê e pagar o aluguel. “Ele voltava para casa chorando de dor. Eu não sabia o que fazer, apenas comprava remédio e torcia para ele aguentar”, desabafou, refletindo sobre a dura realidade enfrentada por famílias em situação de vulnerabilidade.

A legislação brasileira proíbe o trabalho infantil, especialmente em setores perigosos como a construção civil, que exige esforços físicos incompatíveis com o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Apesar disso, as violações continuam a ser uma triste realidade, com muitos jovens forçados a trabalhar em troca de baixos salários e sem direitos garantidos. A situação de Fernando é apenas um dos muitos casos de exploração que emergem dessa indústria.

Além dele, outros trabalhadores, como José Paulo e Clóvis, também relataram abusos. Clóvis, atraído pela promessa de benefícios e um salário justo, descobriu que a realidade era bem diferente. Ele frequentemente preparava refeições para os colegas, mas raramente conseguia um momento de descanso. “Trabalhava duro e não recebia o que me prometeram. As condições eram terríveis”, desabafou.

O cenário se torna ainda mais grave quando usuários vulneráveis, como Fernando e seus colegas, enfrentam problemas de saúde em consequência das condições precárias a que são submetidos. Para eles, o trabalho se transforma em uma luta diária não apenas pela sobrevivência, mas pela dignidade. “A gente só queria trabalhar e ter o que comer. Agora, estamos lutando por nossos direitos”, conclui um dos trabalhadores.

Essa denúncia acende um alerta sobre a realidade de muitos jovens que, por necessidade, são forçados a entrar em um ciclo de exploração e abuso. Compartilhe essa história e ajude a levantar vozes que precisam ser ouvidas. Comente abaixo suas reflexões e compartilhe para dar luz a essas realidades, promovendo uma discussão saudável sobre o trabalho infantil e as condições de trabalho no Brasil.

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