Igreja Anglicana da Nigéria rompe com a de Gales após nomeação de arcebispa lésbica

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A recente nomeação da arcebispa lésbica Cherry Vann pela Igreja Anglicana do País de Gales gerou uma onda de controvérsia que se estendeu até a Igreja Anglicana da Nigéria. Durante uma conferência em Abuja, o Arcebispo Henry Ndukuba declarou que essa escolha não apenas desafia os princípios bíblicos, mas também intensifica o que ele chama de uma “agenda maligna” dos revisionistas da Igreja Ocidental.

Vann, que está em uma união civil com Wendy Diamond desde 2015, se tornou a primeira mulher a assumir o cargo de arcebispa no Reino Unido. Sua eleição foi recebida como um avanço significativo para a comunidade LGBTI e para a inclusão das mulheres na Igreja. No entanto, Ndukuba foi enfático ao rejeitar esta mudança, rompendo relações formais com a Igreja do País de Gales.

O Arcebispo afirmou que tal eleição não tem suporte em uma missão e deixou claro seu apoio à Conferência Global do Futuro Anglicano (GAFCON), um encontro que reúne líderes conservadores anglicanos. A polarização dentro da Igreja Anglicana se tornou evidente com a recente reunião em Ruanda, onde mais de 1.300 líderes expressaram sua oposição a uma nova medida que permitiria bênçãos para casais homossexuais.

A tensão em torno da sexualidade e do casamento nas igrejas anglicanas está crescendo. O Reverendíssimo Dr. Laurent Mbanda, presidente da GAFCON, descreveu a eleição de Vann como um “ato de apostasia” e pediu uma mobilização entre os anglicanos ortodoxos contra o que chamou de “pressão implacável” dos revisionistas que buscam minar os ensinamentos da Bíblia.

Enquanto líderes como o Reverendíssimo Dr. Justin Badi Arama lamentam a deterioração da unidade da Comunhão Anglicana, o Arcebispo Samy Fawzy expressou sua “profunda tristeza”, afirmando que a decisão da Igreja no País de Gales representa uma rejeição pública da doutrina bíblica e da ordem católica. Ele destacou que a unidade não pode existir sem a verdade, tornando o caminho para a reconciliação cada vez mais desafiador.

A situação ilustra um conflito crescente não apenas nas linhagens anglicanas, mas também em várias correntes cristãs, especialmente na África, onde as vozes conservadoras ganham cada vez mais força, estabelecendo um cenário complicado para o futuro das relações inter-religiosas. Sinta-se à vontade para compartilhar suas opiniões sobre este assunto! Como você vê o impacto dessas mudanças nas comunidades religiosas ao redor do mundo?

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