O cenário de violência em Gaza é alarmante. Nesta quarta-feira, o Exército israelense intensificou suas operações, resultando na morte de ao menos 123 pessoas em um intervalo de apenas 24 horas, conforme relatado pelo Hamas. Esses ataques acontecem após a aprovação de uma nova ofensiva de ocupação por parte de Israel, aumentando o desespero na região.
A cidade de Gaza se viu em meio a bombardeios incessantes, com a destruição de diversas residências. No leste da cidade, um ataque aéreo a uma casa deixou 12 mortos, segundo o hospital l-Ahli, enquanto em Khan Younis, os tanques israelenses devastaram mais propriedades. No centro de Gaza, nove civis perderam a vida quando buscavam assistência. A população tenta escapar para o oeste, mas a violência persiste.
Embora o Exército israelense não tenha comentado sobre os ataques recentes, eles ocorrem no contexto de negociações de cessar-fogo em andamento entre líderes do Hamas e autoridades egípcias no Cairo. A tensão permanece alta, e os ataques contínuos levantam questões sobre uma possível resolução pacífica.
A situação na Faixa de Gaza é devastadora e se arrasta por mais de 600 dias, com um saldo trágico de mais de 50 mil palestinos mortos. As negociações em Doha buscam um acordo que inclua um cessar-fogo de 60 dias e a libertação de reféns, mas os combates continuam intensos, dificultando a entrada de ajuda humanitária. As concessões iniciais nas negociações não garantem uma solução duradoura, especialmente diante da possibilidade de falhas nas futuras etapas do acordo.
Esta semana, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que permitirá a saída de palestinos da Faixa de Gaza, tanto para escapar dos combates quanto para buscar refúgio no exterior. Segundo Netanyahu, esta é uma medida importante para garantir a segurança da população civil.
O conflito, que se intensificou em outubro de 2023, resultou em uma destruição maciça da infraestrutura de Gaza. Em um tom firme, Netanyahu declarou que não há alternativa ao “trabalho de derrotar o Hamas”, reiterando que a ocupação da Faixa de Gaza se tornará realidade em breve, iniciando pela Cidade de Gaza.
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