Em uma reveladora mensagem de áudio datada de 14 de janeiro de 2023, o juiz Airton Vieira expôs as pressões que enfrentou durante sua colaboração com o ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF). Trabalhando no gabinete de Moraes desde 2018, Vieira afirmou ter chegado a um estado limite físico, mental e emocional. O conteúdo do áudio foi divulgado pela Coluna Fábio Capelli, do Metrópoles.
Com um tom de desespero, Vieira revelou a um colega que sua saúde mental estava deteriorada, admitindo: “Eu não consigo dormir sossegado, eu não tenho tranquilidade”. Embora tenha considerado pedir sua volta ao cargo de desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), ele optou por permanecer no gabinete em um momento crítico, temendo deixar Moraes desamparado.
Entretanto, as cobranças se intensificaram, e ele relatou que sua família também estava sofrendo com a pressão constante. “Pressão para tudo quanto é lado, cobrança, o que a gente fala não tem crédito”, desabafou, mostrando-se sobrecarregado até em decisões aparentemente simples, como as audiências de custódia, onde Moraes estaria interferindo indevidamente.
Após deixar o gabinete em março de 2023, Vieira não respondeu a solicitações para comentar sobre suas declarações. Recentemente, Moraes negou o pedido de acesso aos autos do inquérito que investiga Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do TSE, por supostas violações de sigilo em um caso de vazamento de informações sensíveis.
Essa situação lança uma luz sobre os altos níveis de pressão que muitos enfrentam em cargos públicos. Você já passou por experiências semelhantes? Compartilhe seu pensamento nos comentários!
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