Nesta sexta-feira, a Corte de Apelação de Roma decidiu que a deputada licenciada Carla Zambelli permanecerá presa em regime fechado durante seu processo de extradição para o Brasil. A audiência, que durou cerca de três horas, teve início às 11h30 (horário local) e culminou em um desfecho esperado por sua defesa: a não concessão da prisão domiciliar.
Zambelli foi detida na última terça-feira em um apartamento no bairro Aurélio, em Roma, após cerca de dois meses foragida da Justiça brasileira. Ela foi transferida para o presídio feminino Rebibbia, que abriga 369 mulheres, superando a capacidade total em quase cem.
O advogado de Zambelli, Pieremilio Sammarco, detalhou que a nova fase do processo incluirá uma audiência na mesma Corte de Apelação, que dará continuidade à extradição. Sua estratégia de defesa se concentrará nas “anomalias” do processo que resultou na condenação de dez anos imposta pelo STF brasileiro, onde a deputada é acusada de participar da invasão do sistema do CNJ para emitir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
Sammarco apontou que uma das questões centrais a serem abordadas será a relação entre a suposta vítima do crime e aquele que proferiu a sentença de condenação, descrevendo-a como uma “grave anomalia”. Após a tramitação na Corte de Apelação, o processo poderá avançar para a Corte de Cassação, a mais alta instância do Judiciário italiano, antes de ser decidido pelo governo italiano através do Ministério da Justiça.
Recentemente, Alexandre de Moraes também solicitou que a Advocacia-Geral da União acompanhe de perto os desdobramentos desse caso na Itália. O cenário permanece tenso, com muitas questões ainda por resolver. Qual sua opinião sobre essa situação? Deixe seu comentário!
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