No último sábado, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), respondeu à representação que foi apresentada contra ele por suposta obstrução da Mesa Diretora. Para o deputado, a denúncia, que foi protocolada na Corregedoria na sexta-feira, é uma manifestação do “desespero” da chamada “extrema esquerda”.
Em suas palavras, Cavalcante destacou que a denúncia evidencia como sua atuação tem gerado desconforto entre aqueles que, no passado, utilizavam métodos semelhantes contra seus opositores. Ele afirmou: “Esta representação não nasce da razão, mas da aflição. Não é fruto da justiça, mas do desespero”, reiterando sua posição em uma rede social.
O deputado encarou a representação como um “distintivo de honra”, esperando que o corregedor parlamentar, Diego Coronel (PSD-BA), conduza o processo de forma equilibrada e justa. “Apresentaremos nossa defesa com a firme convicção de que o arquivamento imediato é o único desfecho possível”, afirmou.
Sóstenes foi um dos 14 deputados listados pela Mesa Diretora para possíveis punições de até seis meses. A Corregedoria Parlamentar irá examinar a situação nos próximos dias, antes que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tome a decisão final sobre a remessa dos casos ao Conselho de Ética.
A representação se originou após a obstrução dos trabalhos feita pela ala bolsonarista em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Cavalcante defendeu que não existe nenhuma cláusula no Regimento Interno que proíba a ação dos deputados durante essa semana de manifestações.
“Se eles reagem assim é porque sabem que estamos exatamente onde deveríamos estar: no centro da luta que eles tanto temem perder”, concluiu o bolsonarista, reafirmando sua posição frente à atual situação política.
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