Lula assina MP, anuncia R$ 30 bi em crédito para setores afetados por tarifaço e diz que ‘soberania do Brasil é intocável’

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Em resposta ao aumento das tarifas de importação americanas, que atingem até 50% sobre produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a assinatura da Medida Provisória “Brasil Soberano”. Durante o evento no Palácio do Planalto, Lula destacou um pacote inicial de R$ 30 bilhões em crédito destinado a empresas prejudicadas, especialmente pequenas empresas exportadoras, que são as mais vulneráveis a esse cenário adverso. Junto a ele, diversos ministros, como Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad, participaram da cerimônia, evidenciando a importância da ação governamental.

Lula, demonstrando sua determinação, afirmou que está aberto ao diálogo com os Estados Unidos, mas não hesitará em defender os interesses do Brasil. “Meu time de negociação é o melhor”, declarou, reafirmando que a soberania do Brasil deve ser respeitada. Ele comparou a capacidade da equipe brasileira de negociação a clubes de futebol renomados e enfatizou a necessidade de melhorar as relações com o país norte-americano sem instaurar retaliações.

O presidente também anunciou que, em dois anos e meio, o Brasil estabeleceu 400 novos acordos comerciais, um passo importante para contornar as dificuldades impostas pelas tarifas americanas. Reiterou que a soberania nacional é “intocável” e criticou a postura de Trump, que buscou destruir o multilateralismo que favorece o comércio global.

O vice-presidente Geraldo Alckmin complementou a declaração de Lula, ressaltando que não há justificativa para o tarifaço adotado pelos EUA. Ele revelou um conjunto de medidas que incluirá a ampliação do programa Reintegra, que permitirá uma devolução de até 6% do valor exportado para micro e pequenas empresas, além da suspensão de tributos por um ano no regime de drawback, otimizando o ambiente de negócios para os exportadores brasileiros que dependem de insumos importados.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou ainda a criação de um sistema de crédito específico para exportação, destacando que as reformas tributárias programadas até 2027 devem facilitar ainda mais as exportações. O Fundo Garantidor de Exportações (FGE) será uma das “pernas” dessa nova estrutura, oferecendo financiamento a baixo custo.

A medida visa não apenas mitigar os danos causados pelas tarifas, mas também abrir novos horizontes para o comércio exterior do Brasil. Em um momento em que é atacado por ser uma nação democrática, o Brasil busca não apenas resistir, mas prosperar. O governo está determinado a fortalecer a produção local e garantir empregos, criando um ambiente propício para o desenvolvimento econômico.

O que você pensa sobre essas medidas? Acredita que o Brasil conseguirá fortalecer suas relações comerciais apesar das dificuldades? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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