Na 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária, realizada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo enfático pela regulamentação da lei que estabelece a Política Nacional de Economia Solidária, sancionada em dezembro do ano passado. Durante o evento, Lula enfatizou que a regulamentação da lei é uma responsabilidade do governo: “Aprová-la foi fácil, mas a regulamentação ainda não foi concluída. Algo deve ser discutido entre os ministros, pois se não houvesse divergências, já teríamos isso resolvido”, destacou.
A representante do Fórum Nacional de Economia Solidária, Tatiana Valente, também exigiu agilidade na implementação da legislação e do Sistema Nacional de Finanças Solidárias. Em resposta, o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que a regulamentação deve ser finalizada até novembro e que o financiamento da economia solidária está em discussão no Congresso. Marinho ressaltou a colaboração do Ministério da Fazenda para que o Banco Central faça os ajustes necessários.
A conferência, que acontece após mais de uma década desde a última edição em 2014, discute a economia solidária como uma política pública essencial para construir um Brasil mais democrático e igualitário. Este modelo econômico se baseia em cooperativas onde os trabalhadores têm controle sobre os meios de produção, promovendo a autogestão e a distribuição justa dos lucros. O governo já retomou a Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), ação que Lula considera fundamental para o fortalecimento da participação social.
Além das reivindicações pela economia solidária, Lula criticou a taxação de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, considerando essa medida inaceitável. Ele declarou que o governo brasileiro se comprometerá a regular as grandes empresas de tecnologia que operam no país, assegurando que elas estejam subordinadas às leis nacionais.
Para interagir ainda mais com a política de compras públicas, Lula assegurou que o governo federal fará esforços para adquirir produtos que sejam afetados por essas taxas, convocando o compromisso com a agricultura local e o comércio justo. O evento prossegue até o dia 16 de agosto, visando à elaboração de um segundo plano nacional para a economia solidária.
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