Na véspera da COP30, que acontecerá em novembro em Belém (PA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou uma proposta audaciosa: países ricos deverão pagar uma tarifa destinada ao financiamento de ações contra as mudanças climáticas. Em sua visão, essa medida é uma passo crucial em direção à justiça ambiental e, segundo ele, a conferência será “a COP da verdade”.
Durante uma entrevista à Band News, Lula abordou o que considera uma dívida ambiental das nações desenvolvidas, que ultrapassa US$ 1,3 trilhão anualmente. Ele destacou a importância de obter posicionamentos claros dos líderes globais sobre o aquecimento global, enfatizando a responsabilidade coletiva de enfrentar a crise climática.
O presidente também manifestou seu interesse em incluir a educação ambiental no currículo escolar, crendo que as crianças serão agentes de mudança em seus lares. Para ilustrar os efeitos colaterais das ações humanas, mencionou fenômenos como a neve na Arábia Saudita e chuvas em regiões desérticas, que julgou como resultado da “irresponsabilidade humana”.
No campo econômico, Lula anunciou a criação de um conselho ligado à Presidência para abordar a exploração mineral do Brasil. Ele defendeu que acordos internacionais devem priorizar a industrialização no país, criticando o atual modelo que exporta matéria-prima e importa produtos acabados. Com apenas 30% do território nacional mapeado em relação a recursos minerais, o governo pretende ampliar essa cifra para 100%.
Sobre pressões internacionais e disputas comerciais, Lula argumentou que tarifas devem ser discutidas de forma colaborativa, e não impostas unilateralmente. Ele também ressaltou a realidade de 30 milhões de pessoas que vivem na Amazônia, uma população frequentemente ignorada pelas potências estrangeiras.
Com um histórico que já reduziu o desmatamento na Amazônia em 50%, o presidente reafirmou seu compromisso de alcançar o desmatamento zero até 2030, assegurando uma gestão cuidadosa da maior floresta tropical do mundo, além de proteger ecossistemas como o Pantanal, a Caatinga e o Cerrado. “Queremos garantir qualidade de vida para pescadores, seringueiros, extrativistas, trabalhadores rurais e povos indígenas”, concluiu.
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