Recentemente, o México garantiu uma importante prorrogação de 90 dias para evitar o aumento das tarifas de importação, inicialmente agendado para entrar em vigor em 1° de agosto. Este acordado alívio foi obtido após uma conversa entre a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e o presidente dos EUA, Donald Trump.
Claudia Sheinbaum destacou que essa negociação ajuda a “preservar” o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC) com o Canadá, enfatizando que foi o “melhor acordo possível” em comparação com outras nações que enfrentam ameaças tarifárias. No entanto, as tarifas de 25% sobre produtos mexicanos permanecem em vigor, enquanto os produtos cobertos pelo pacto comercial seguem isentos.
Até a data de fechamento do relatório, Washington havia feito acordos com diversos países, como Reino Unido, Vietnã, Japão, Indonésia, Filipinas, Coreia do Sul e União Europeia, com novos termos tarifários entrando em vigor. A Coreia do Sul, por exemplo, conseguiu reduzir o impacto de 25% para 15% em suas tarifas, enquanto a União Europeia ainda trabalha em isenções para setores sensíveis, como o de vinhos.
Por outro lado, a Índia enfrentou uma tarifa de 25% devido ao seu comércio com petróleo russo, e o Canadá continua sem um acordo, em meio a tensões políticas. Trump ainda destacou que as relações comerciais com o Canadá estão comprometidas.
Entretanto, a legalidade do plano tarifário de Trump é questionada em tribunais americanos, com o Tribunal de Apelações avaliando a extensão dos poderes emergenciais do presidente. Apesar de bloqueios anteriores em algumas medidas, o governo ainda enfrenta desafios legais, mantendo temporariamente as tarifas.
Economistas alertam sobre os possíveis efeitos inflacionários das novas tarifas e seu impacto nas cadeias produtivas globais. Apesar das críticas, Trump defendeu sua estratégia, afirmando que as tarifas estão “fazendo a América grande e rica novamente”. As incertezas sobre o comércio global continuam, principalmente com o impasse entre EUA e China.
Os dados do Departamento do Tesouro americano revelam que os EUA arrecadaram mais em tarifas nos primeiros seis meses de 2025 do que em todo o ano anterior, totalizando mais de US$ 87 bilhões.
Essas cifras demonstram um aumento notável desde o início da guerra comercial, o que coloca em destaque a relevância das tarifas na economia atual.
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