Ministro Flávio Dino defende soberania nacional durante evento do Tribunal de Contas do Estado

Publicado:

Nesta sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, participou do III Seminário Internacional de Controle Externo – Olhares e Perspectivas, realizado em Salvador. O evento, que comemora os 110 anos do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), também celebrou a entrega do título de Cidadão Baiano ao magistrado, uma iniciativa da deputada Fabíola Mansur.

Em sua fala, Dino destacou a necessidade de equilibrar a soberania nacional com boas relações diplomáticas. Ele mencionou o artigo 4º da Constituição Federal, que orienta a política externa do Brasil, ressaltando a importância da independência nacional.

Para ilustrar sua argumentação, Dino fez alusão à festa cívica do 2 de Julho, que comemora a independência da Bahia. “A cooperação internacional é sempre bem-vinda, desde que baseada no diálogo e não na imposição. Um país que valoriza sua autonomia não pode aceitar medidas de força que ameacem seus cidadãos e empresas”, destacou.

O ministro também apontou a preocupação com decisões judiciais de outros países que afetam empresas brasileiras sem respeitar convenções internacionais. “Aceitar isso seria abrir mão da soberania e da Constituição”, alertou.

Ele enfatizou que sanções podem eventualmente atingir qualquer empresa nacional por questões comerciais ou protecionismo. “Se a Justiça brasileira aceita isso, renuncia ao que não pode ser renunciado: a defesa da Constituição”, afirmou.

Dino criticou ainda a ideia de que questões constitucionais podem ser subordinadas a interesses econômicos. “O Supremo não é parte de um programa onde ‘tudo vale pelo dinheiro’. Isso seria equivalente a vender a Constituição e o território nacional”, ponderou, citando Judas como um exemplo negativo de traição.

Por fim, o ministro reafirmou o compromisso do STF como guardião da ordem constitucional. “Não esperem do Supremo que renuncie à sua função ou comprometa a soberania brasileira. Nosso dever é manter a atitude de equilíbrio que a Constituição nos impõe”, concluiu.

E você, o que pensa sobre a relação entre diplomacia e soberania? Deixe sua opinião nos comentários!

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Motorista de aplicativo nega tentativa de estupro após passageira pular de carro em movimento na Paralela

Luiz Gonzaga, motorista por aplicativo, se manifestou após uma passageira saltar de seu veículo em movimento na Avenida Paralela, em Salvador, na noite...

Pesquisa Quaest aponta aprovação de 59% ao governo Jerônimo Rodrigues na Bahia

Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22) pela Quaest mostra que o governo Jerônimo Rodrigues mantém alta aprovação entre os baianos. Segundo o levantamento, 59%...

Mobilização pela Defensoria Pública ganha força na Assembleia Legislativa da Bahia

A quarta-feira (20) foi marcada por mais um passo na mobilização pela ampliação do orçamento da Defensoria Pública da Bahia. Representantes da Associação das...