Movimentos cristãos internacionais lançam guia de oração para a COP30

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Em novembro de 2025, a COP30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, será realizada em Belém do Pará. Para essa ocasião, movimentos cristãos internacionais lançaram um guia de oração com o intuito de mobilizar igrejas e fiéis por uma jornada de dez semanas, abordando temas que vão desde decisões políticas à ética no uso dos recursos naturais. Essa iniciativa surge da convicção de que as ações humanas têm um papel crucial nas mudanças climáticas, propondo a oração como um caminho para prevenir desastres ambientais.

Entre os apoiadores, o pastor Sérgio Junger, presidente da Associação dos Capelães do Estado do Espírito Santo, tem uma visão distinta. Para ele, a oração deve ser uma prática diária de todos os cristãos, e não estar atrelada a eventos globais. Junger defende que a verdadeira essência da oração reside numa relação direta com Deus e na atenção aos problemas da comunidade imediata. “A religião pura e imaculada é visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações”, lembra, citando Tiago 1:27.

O guia foi elaborado por organizações como Tear Fund, Renovar Nosso Mundo e 24/7 Prayer, que enfatizam a importância de unir fé e ciência no enfrentamento da crise ambiental. Além de orações, os participantes poderão realizar atividades criativas, como escrever pedidos em lenços de papel, que simbolizam a fragilidade das decisões em prol do planeta. No entanto, Junger expressa ceticismo em relação ao impacto dessa mobilização e ressalta a necessidade de focar em ações concretas na vida cotidiana.

A COP30 ocorre em um local historicamente evangélico, onde foi fundada a Assembleia de Deus no Brasil. Apesar disso, existe uma preocupação com a adesão ao guia de oração. O pastor capelão acredita que, embora movimentos como esse possam gerar um certo alvoroço, sua efetividade pode ser limitada. Para ele, o chamado da igreja é orar pelas pessoas próximas e por situações reais, mantendo a fé ao enfrentar os desafios diários.

O lançamento do guia vem em um contexto de crescente tensão em relação ao PL da Devastação, que afrouxa as regras ambientais no país. Os organizadores veem isso como uma urgência para uma reação espiritual e ética diante da deterioração ambiental. Essa proposta de oração coletiva busca incentivar um compromisso real com mudanças nos hábitos pessoais e mobilizar as comunidades em resposta à emergência climática.

Apesar das diferentes visões, o debate sobre o papel das igrejas na crise climática se torna cada vez mais relevante. Esse encontro entre fé e ecologia abre espaço para que a espiritualidade cristã contribua para um mundo mais equilibrado e sustentável. O pastor Junger resume seu pensamento defendendo que a oração deve ser honesta e constante, um chamado sincero pela transformação da realidade ao nosso redor.

E você, qual é a sua opinião sobre a relação entre fé e responsabilidade ambiental? Comente abaixo e compartilhe suas reflexões!

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