O Ministério Público Federal (MPF) em São Bernardo do Campo, São Paulo, tomou uma importante iniciativa ao instaurar um inquérito civil público. O objetivo é investigar falhas no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), que é vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Esta ação se deu em resposta à grave situação de uma liderança indígena da etnia Pataxó Hã Hã Hãe, que enfrenta ameaças de morte.
O procurador da República, Steven Shuniti Zwicker, fundamentou a decisão após receber uma representação da própria liderança, que expressou estar em risco por seu trabalho em defesa dos direitos de seu povo. O documento aponta que o PPDDH não tomou as medidas necessárias para garantir a segurança do indígena e de sua família, mesmo após a denúncia de ameaças.
Embora o caso já estivesse sendo tratado como Procedimento Preparatório, a continuidade das ameaças e a ineficácia das ações do programa levaram o MPF a aprofundar as investigações por meio do inquérito civil. Entre as diligências, está a comunicação à 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, uma etapa essencial na busca por justiça e proteção.
A decisão do MPF se apoia em dispositivos constitucionais que atribuem ao órgão a responsabilidade de defender comunidades indígenas e combater violações de direitos humanos. A portaria enfatiza a competência do MPF para instaurar inquéritos civis a fim de investigar irregularidades nas políticas públicas, destacando a importância de um olhar atento à proteção dos direitos coletivos e difusos.
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