Iraci Megumi Nagoshi, uma mulher de 73 anos, se vê agora sob a supervisão das grades da Penitenciária Feminina de Sant’Anna, em São Paulo. Condenada a 14 anos de prisão por sua envolvimento nos atos de vandalismo no Palácio do Planalto em 8 de janeiro, Iraci desrespeitou a prisão domiciliar imposta pelo STF em impressionantes 949 ocasiões. Sua recente transferência, ocorrida na última terça-feira, foi confirmada tanto pela defesa quanto pela Secretaria da Administração Penitenciária.
No dia 16 de julho, o ministro Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva após sua violação contínua das regras, que incluíam sair da área permitida e problemas técnicos com o dispositivo de monitoramento. Essa situação alarmante culminou na decisão de mover Iraci para um ambiente mais restritivo.
A defesa de Iraci expressou preocupações sobre a saúde dela e as condições precárias da prisão. O advogado Jaysson França afirmou que ela enfrenta um quadro delicado, dividido em uma cela superlotada com outras cinco detentas e sem condições mínimas de higiene. Recentemente, Iraci se recuperou de uma cirurgia no fêmur e, além disso, sofria de uma lesão no cotovelo que agravou sua mobilidade.
A defesa alertou que, devido à superlotação e à falta de cuidados médicos básicos, o risco de complicações sérias, como infecções ou pneumonia, aumentava drasticamente. Apesar dos apelos por tratamento e mais dignidade no encarceramento, a Secretaria e o ministro Moraes não tomaram as medidas solicitadas.
Quando questionada pela imprensa, a SAP não se manifestou sobre as alegações da defesa, deixando um silêncio preocupante sobre a situação de Iraci e outras detentas. Este caso não é apenas uma história individual, mas um reflexo das falhas no sistema de justiça e nos direitos humanos em ambientes carcerários, onde a dignidade e a saúde das pessoas encarceradas frequentemente são comprometidas.
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