No coração da Bahia, o Museu de Arte Moderna (MAM) celebrou um momento marcante no último sábado (9). Em uma cerimônia pública repleta de emoção, o MAM renomeou sua área externa para Praça Maestro Letieres dos Santos Leite, em homenagem a um dos ícones da música baiana. O evento aconteceu antes da aguardada Jam no MAM e contou com performances da Orkestra Rumpilezz, criada por Letieres, e da vibrante banda Geleia Solar, cujos ingressos foram vendidos em menos de 24 horas.
A transformação do espaço foi oficializada através da Lei 14.691/2024, proposta pela deputada estadual Olívia Santana e sancionada pelo governador Jerônimo Rodrigues. Autoridades, como o secretário de Cultura, Bruno Monteiro, e a diretora do MAM, Marília Gil, estiveram presentes, assim como familiares e amigos que compartilharam do legado do maestro.
Líris Leitieres, irmã de Letieres, descreveu o MAM como a “segunda casa” do maestro. Para ela, a homenagem representa um retorno ao lar, um espaço onde Letieres se sentia realizado. A emoção foi palpável quando Maria do Carmo Santos Leite, mãe do homenageado, participou pela primeira vez de uma celebração póstuma em sua memória, relembrando a profunda conexão entre seu filho e o local.
Durante a cerimônia, a Orkestra Rumpilezz apresentou um repertório que variou entre composições originais de Letieres e releituras de outros grandes artistas, enquanto a Geleia Solar manteve viva a tradição de improvisos que caracteriza a Jam no MAM, fundindo jazz e ritmos afro-baianos.
O secretário Bruno Monteiro enfatizou a importância simbólica da homenagem, afirmando que a cultura se sustenta na preservação de histórias e identidades. A deputada Olívia Santana também destacou a relevância do ato, considerando-o uma justa reparação ao legado de vida e trabalho de Letieres, um verdadeiro ícone da música instrumental baiana.
O LEGADO DO MAESTRO
Letieres Leite, falecido em outubro de 2021 em decorrência da covid-19, foi um renomado compositor, arranjador e educador musical. Reconhecido por suas investigações sobre a música afro-baiana e o método UPB (Universo Percussivo Baiano), ele também se destacou na formação de novos talentos, contribuindo com instituições como a Funceb. O clarinetista Ivan Sacerdote, amigo e colaborador, ressaltou como Letieres mostrou aos instrumentistas os diversos caminhos que a música baiana poderia seguir, deixando um legado inspirador e profundo.
A nova Praça Maestro Letieres dos Santos Leite não é apenas um espaço renomeado; é um tributo à memória de um grande artista e à rica cultura que ele ajudou a moldar. O que você acha dessa homenagem? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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