Larissa Santos compartilhou sua dolorosa história após ser vítima de violência sexual e um erro médico devastador. Em abril deste ano, ao passar por um aborto legal no Hospital Materno Infantil de Brasília, ela sofreu perfurações em seu útero e intestino, levando-a a um estado de saúde crítico. A jovem recorda que nunca foi a primeira vez que enfrentou tal crueldade; para ela, a realidade de quem vive nas ruas se torna um ciclo de normalização da violência.
A armadilha do estupro se revelou diante de um amigo da família que a atraiu para uma emboscada sob a falsa promessa de reencontrar uma antiga amiga. Larissa encontrou-se em uma situação aterradora, onde foi agredida, ameaçada e, finalmente, estuprada. Assustada com a possibilidade de contar sobre o ocorrido ao marido, que já apresentava comportamentos agressivos, decidiu guardar esse segredo.
Quando descobriu que estava grávida do agressor, Larissa encontrou coragem em uma pastora da sua igreja. Após compartilhar sua dor, a situação se agravou. Ao adormecer, seu marido descobriu mensagens trocadas entre ela e a pastora, resultando em um ataque brutal. “Acordei com ele me batendo, e meu olho foi atingido quando o celular quebrou”, recorda Larissa, que buscou refúgio em um abrigo após registrar um boletim de ocorrência.
O abrigo a apoiou na busca por um aborto legal, permitindo que Larissa interrompesse a gravidez com o suporte médico necessário. Contudo, o procedimento, que deveria ser seguro, culminou em uma experiência angustiante. Após acordar, ela foi atendida, mas os medicamentos prescritos não aliviaram sua dor intensa. Com a alta, sentia-se debilitada, e seu quadro de saúde se deteriorou rapidamente.
Levando-a de volta ao hospital, os exames revelaram a gravidade da situação: Larissa havia sofrido perfurações internas, e sua vida estava em risco. Durante esse processo, sua preocupação com a filha a acompanhava, enquanto se via obrigada a solicitar um celular emprestado para pedir ajuda. Após uma cirurgia urgente, ficou com uma bolsa de colostomia, aguardando uma nova operação sem data definida, despojada de sua capacidade de trabalho e amparada apenas por um auxílio aluguel.
Atualmente, a jovem enfrenta além das dores físicas, a insegurança do futuro. A estigmatização da sua condição a afeta profundamente, e o peso dos eventos a assombra. Larissa, que uma vez foi chef de cozinha, agora vive à mercê de um auxílio que mal sustenta suas necessidades. Em meio a isso, ela continua lutando por um amanhã melhor, tanto para si quanto para sua filha.
Esta é a realidade de muitas mulheres que enfrentam situações semelhantes. Se você se sensibiliza por essa história, compartilhe suas reflexões e apoie a luta por justiça e dignidade para todas as vítimas de violência.
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