Netanyahu pretende ordenar ocupação total da Faixa de Gaza

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O cenário no Oriente Médio se intensifica. O governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está preparado para ordenar a ocupação total da Faixa de Gaza. Essa decisão vem à tona após o Hamas divulgar um vídeo perturbador de um refém israelense debilitado, em meio a um impasse nas negociações entre o grupo terrorista e Israel.

Informações do The Jerusalem Post revelam que a fonte oficial do gabinete de Netanyahu confirmou essa estatística. Apesar das advertências de militares das Forças de Defesa de Israel (FDI), o primeiro-ministro está determinado a avançar. “Se isto não lhe convém, então demita-se”, foi a mensagem enviada ao chefe do Estado-Maior, general Eyal Zamir, evidenciando os conflitos internos no governo.

A resistência dentro das Forças Armadas surge do temor de que o Hamas possa executar reféns durante a ocupação. Organizações que representam familiares dos sequestrados expressam preocupações com a segurança deles diante da expansão da ocupação. Mesmo assim, há uma convicção crescente dentro do governo de que a ocupação deve ser realizada, com um membro do gabinete declarando: “A sorte está lançada — vamos ocupar totalmente a Faixa de Gaza”. Em maio, as Nações Unidas já tinham estimado que 70% da região já estava sob controle israelense.

A pressão por essa medida é liderada em grande parte por ministros da extrema direita, que não apenas exigem a captura total da Faixa, mas também pedem a deportação da população palestina e o estabelecimento de colônias judaicas. Relatos de discussões acaloradas entre o general Zamir e esses ministros refletem as tensões que permeiam o governo.

Recentemente, mais de 500 ex-funcionários de segurança de Israel, incluindo ex-chefes do Mossad e do Shin Bet, apelaram ao presidente americano, Donald Trump, para que exerça pressão sobre Netanyahu, clamando por um fim ao conflito em Gaza. A carta, assinada por militares, diplomatas e especialistas em segurança, aponta: “Parem a guerra em Gaza!”.

Criticas ferozes também emergem de familiares dos reféns. O Fórum de Famílias de Reféns denuncia Netanyahu, afirmando que ele está conduzindo Israel à ruína e colocando os reféns em risco. “Esse governo está vendendo a ilusão de que a pressão militar trará os reféns de volta, mas essas narrativas são apenas mentiras”, afirmam os familiares, que têm vivenciado a angustiante jornada de espera.

Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.219 mortes, a maioria civis, a escalada de violência não cessa. A retaliação israelense já causou mais de 60 mil mortes na Faixa de Gaza, onde a maioria das vítimas também são civis, conforme dados confiáveis do Ministério da Saúde local, endossados pela ONU.

A situação continua fragilizada e as consequências desta nova decisão podem ser profundas. Quais são suas reflexões sobre os desdobramentos desse conflito? Compartilhe suas ideias e amplia sua voz neste debate crucial.

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