Nas últimas semanas, a Nigéria se tornou palco de protestos intensos, refletindo a indignação de centenas de nigerianos deslocados. Eles bloquearam uma rodovia importante, clamando por segurança e assistência, após um massacre brutal que deixou mais de 200 cristãos mortos em junho passado. Em um acampamento próximo a Makurdi, muitas mulheres e crianças se uniram em um grito de desespero: “Queremos voltar para casa; sem segurança, sem comida”.
O ataque, que ocorreu nos dias 13 e 14 de junho na comunidade de Yelewata, forçou milhares a abandonarem suas residências. Armados e identificados como militantes fulani, os agressores espalharam pânico e desolação. Neste cenário, os deslocados vivem em condições precárias, enfrentando a escassez de alimentos, medicamentos e proteção.
Thomas Ukumba, um líder comunitário, expressou a angústia da população: “Por medo de ser emboscados, nosso povo parou de ir para as fazendas. Não temos segurança.” A situação piora, com registros de mortes em acampamentos devido a doenças e falta de suprimentos médicos. O sofrimento se intensifica ainda mais com o sequestro de um menino de um ano, cujo paradeiro permanece desconhecido.
Em meio a esse caos, uma promessa de mudança do governo federal foi recebida com ceticismo. Apesar de declarações de que o massacre serviria como “ponto de virada” nas operações de segurança, os residentes afirmam que a violência persiste. Um jovem líder local descreveu um incidente alarmante em que militantes se disfarçaram de pastores e invadiram um complexo escolar, enquanto as forças de segurança mostraram reações tímidas diante da grave ameaça.
As vozes unidas dos cristãos nigerianos ressoam em um cenário mais amplo, onde até 10.000 cristãos foram mortos por extremistas islâmicos desde novembro de 2022. Muitos têm levantado preocupações sobre um suposto plano de limpeza étnica na região, levantando questões sobre a proteção das comunidades vulneráveis. Essa situação exige atenção e ação urgentes de líderes e cidadãos. E você, o que pensa sobre essa crise humanitária? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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