Em 2021 e 2022, o cenário do futebol baiano foi saboreado de uma forma surpreendente: nenhum dos gigantes Bahia ou Vitória dominou a competição. O Atlético de Alagoinhas, um time resiliente e entrosado, conquistou dois títulos consecutivos do Campeonato Baiano, desafiando as expectativas e escrevendo sua própria história no esporte estadual. O que parecia uma utopia se tornou realidade, transformando o Carcará em uma lenda viva.
O primeiro ato dessa epopeia se iniciou na 117ª edição do campeonato. Definido como um verdadeiro “David contra Golias”, o Atlético, sob o comando de Sérgio Araújo, conquistou o quarto lugar na fase de grupos, avançando para os mata-matas. Na semifinal, o time enfrentou a Juazeirense, vencendo fora de casa e garantindo um lugar na final contra o Bahia de Feira. O duelo marcou a história, com dois clubes do interior lutando pelo título.
No primeiro jogo da final, um empate emocionante de 2 a 2 deixou os torcedores na expectativa. Na volta, o Atlético brilhou e consagrou-se campeão com um 3 a 2, fazendo história e garantindo acesso a competições nacionais. A vitória foi um marco: o primeiro título do clube que, até então, parecia distante.
Em 2022, a saga do Atlético ganhou um novo capítulo. Com Bahia e Vitória fora da disputa logo na fase de grupos, o Carcará terminou a primeira fase em segundo lugar. Na semifinal, duas vitórias apertadas garantiram mais uma final. O jogo de ida, em casa, terminou em 1 a 1, mas o Atlético voltou a surpreender na volta, fechando a disputa com um 2 a 0 e consagrando-se bicampeão.
A campanha do time foi notável: 13 jogos, 8 vitórias, artilheiros destacados e um treinador eleito como o melhor do campeonato. A consagração foi um reflexo da união e do talento do elenco.
Apesar do êxito, o Atlético de Alagoinhas não se acomoda. Com um olhar fixo em voos mais altos, o presidente Albino Leite ressaltou a importância da transformação em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Para ele, a evolução do clube não pode depender apenas da força de vontade e do caráter, mas de parcerias que permitam a profissionalização e o acesso à Série B do Brasileirão.
Albino acredita que, se o Atlético conseguiu trilhar o caminho do sucesso sem grandes investidores, a adoção do modelo SAF pode alavancar ainda mais o clube. “Se sem recursos nós conseguimos ser campeões, imagine com uma SAF e um suporte financeiro estruturado”, afirmou, cheio de esperança e expectativa pelo futuro.
Assim, o Carcará não é apenas uma história de títulos, mas a busca incessante por crescimento e superação. E você, o que acha dessa trajetória gloriosa? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!
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