Um calor insuportável tomou conta da Espanha, deixando um rastro de dor e perda. O Instituto de Saúde Carlos 3º (ISCIII) estima que cerca de 1.149 vidas tenham sido ceifadas pela onda de calor extremo que assolou o país entre os dias 3 e 18 de agosto, quando as temperaturas se aproximaram dos 40°C.
O estudo, que analisou as variações na mortalidade em relação ao esperado, utiliza um sistema chamado MoMo. Embora não estabeleça uma relação direta de causa e efeito, oferece a melhor abordagem atual para entender as consequências fatais das condições climáticas extremas.
No mês anterior, o MoMo já havia atribuído aproximadamente 1.060 mortes ao calor, evidenciando um aumento alarmante de mais de 50% em comparação a julho de 2024.
Desafios Persistem
Recentemente, as temperaturas começaram a ceder na Espanha, e a umidade aumentou, trazendo um alívio que pode auxiliar no combate aos incêndios florestais. O Primeiro-Ministro, Pedro Sánchez, destacou que ainda há “horas difíceis” pela frente, pedindo cautela à população.
“A cada ano a emergência climática se torna mais aguda e os seus efeitos, mais acelerados”, afirmou ele, referindo-se à gravidade da situação na Península Ibérica.
Dados do satélite europeu Copernicus revelam que, até agora, cerca de 373 mil hectares de florestas foram consumidos pelas chamas, batendo recordes anuais desde que as medições começaram em 2006.
Diversas comunidades, como Castela e Leão, Galícia, Astúrias e Extremadura, foram severamente afetadas. Milhares de residentes foram evacuados, estradas foram fechadas e até importantes linhas ferroviárias, como a que conecta Madri à Galícia, foram interrompidas.
Enquanto muitos incêndios foram desencadeados por raios durante tempestades secas, há suspeitas de que alguns possam ter sido intencionalmente provocados. As autoridades prenderam 32 indivíduos e estão investigando 188 casos relacionados.
Emissões Alarmantes
Os incêndios não afetaram apenas a Espanha; em Portugal, a situação também é crítica. As emissões de gases do efeito estufa, segundo o Copernicus, atingiram níveis sem precedentes na Península Ibérica durante a primeira quinzena de agosto. A fumaça se espalhou por centenas de quilômetros, afetando a qualidade do ar em países como França, Reino Unido e regiões da Escandinávia.
Essa tragédia clama por nossa atenção. Compartilhe sua opinião ou experiências sobre as mudanças climáticas e seus impactos. A sua voz é essencial para que possamos, juntos, enfrentar esse desafio global.
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