Os avanços e recuos de Hugo Motta para punir os golpistas da Câmara

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Na última quarta-feira, Hugo Motta, presidente da Câmara e representante do Republicanos da Paraíba, lançou um desafio ao convocar uma sessão com o objetivo de retomar o controle do plenário, que estava sob o domínio de deputados bolsonaristas. Ele declarou que qualquer ato que visasse obstruir as atividades legislativas poderia resultar na suspensão cautelar do mandato por até seis meses.

Antes dessa convocação, Motta acionou a Polícia Legislativa, que formou uma barreira na entrada do plenário para impedir o acesso de estranhos, enquanto agentes de segurança ocupavam posições estratégicas. A expectativa era que, com uma ordem de Motta, os parlamentares rebeldes fossem removidos. No entanto, essa ordem nunca chegou a ser dada, e a cena que se desenrolou foi desastrosa para Motta.

Para assumir sua posição, Motta teve que atravessar um mar de quase 50 deputados hostis que o impediam de passar, alguns até tentando provocá-lo fisicamente. O que deveria ter sido um retorno triunfal se transformou em uma humilhação pública que quase o fez desistir.

Na quinta-feira, ainda esperançoso, Motta prometeu que medidas seriam adotadas para punir os parlamentares que dificultaram a retomada dos trabalhos. No entanto, antes que qualquer ação concreta se concretizasse, ele se viu cercado por incertezas. Apesar de afirmar que a situação necessitava de punições exemplares, a Mesa da Câmara optou por adiar qualquer decisão, encaminhando apenas a lista de 14 deputados a serem analisados por sua Corregedoria.

O corregedor, deputado Diego Coronel, terá 48 horas para elaborar um parecer, mas a decisão final dependerá do Conselho de Ética e ainda estará sujeita a recursos no plenário, onde frequentemente prevalece o espírito de corpo. Essa dinâmica torna a punição uma possibilidade distante. O resultado? Motta se transformou em um pato manco, impotente diante da resistência de seus pares.

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