Na noite do último domingo, um trágico desenrolar de eventos culminou na morte de Roseval Sales de Oliveira, um empresário de 72 anos, em Praia Grande, São Paulo. Após ameaçar suas filhas e disparar contra o quarto de seus netos, ele entrou em confronto com a Polícia Militar (PM) em seu apartamento, localizado na Avenida Marechal Maurício José Cardoso.
De acordo com o boletim de ocorrência, Roseval, que enfrentava problemas com álcool e fazia uso de medicamentos controlados, estava agitado quando a PM foi chamada. Os agentes foram informados de que ele havia atirado contra a janela onde estavam os netos, porém, felizmente, ninguém se feriu. A família, preocupada, rapidamente passou informações sobre o paradeiro do homem, que saiu dirigindo sua caminhonete azul.
Ao chegarem ao condomínio de alto padrão onde Roseval residia, os policiais souberam que ele havia chegado bastante alterado e até danificado seu próprio veículo. Enquanto um policial resguardava o local, outros se dirigiram até seu apartamento, onde tentaram contactá-lo. Após insistência, Roseval apareceu parcialmente na porta, mas não obedeceu ao pedido de que mostrasse as mãos.
Em vez disso, ele apontou um revólver para os policiais e disparou duas vezes, resultando em uma reação imediata da PM, que atirou cinco vezes em resposta. O conflito fez com que a porta se fechasse rapidamente, e a equipe recuou para avaliar a situação. Ao fazer isso, perceberam que algumas balas tinham atingido o escudo balístico e o teto do corredor.
Temendo pela situação, a PM acionou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) para tomar as próximas medidas. Após algum tempo, os agentes invadiram o apartamento, onde encontraram Roseval caído, já sem sinais de vida. Ao inspecionar o local, descobriram um rifle calibre 44, diversas munições e facas, revelando o grau de perigo que sua residência representava.
A história se torna ainda mais trágica ao conhecermos o contexto familiar. Uma das filhas de Roseval, que residia com ele, relatou que o pai, em estado de embriaguez, a havia ameaçado de morte durante uma discussão. Na tentativa de buscar ajuda, ela e sua irmã tentaram registraram a ocorrência na delegacia, quando souberam do tiroteio.
Desesperada, sua outra filha, mãe das crianças que tiveram o quarto alvejado, também descreveu o pai como alcoólatra e agressivo. Após perceber o estado do pai, resolveu se afastar e foi informada, mais tarde, de que Roseval havia ido até a casa dela para disparar também contra a família.
O caso está sendo investigado pela Secretaria da Segurança Pública, na Central de Polícia Judiciária de Praia Grande, e foi classificado como morte decorrente de intervenção policial, homicídio tentado e posse ilegal de arma de fogo.
Este triste incidente nos faz refletir sobre as complexidades das relações familiares e os impactos que questões como o alcoolismo podem ter. Quais são suas opiniões sobre as medidas que poderiam ser adotadas para prevenir tais situações? Sinta-se à vontade para deixar seu comentário!
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