A chegada de um filho é um divisor de águas na vida de qualquer pai. Embora a gravidez possa ser planejada, a experiência da paternidade é sempre surpreendente e transformadora. Para muitos homens, tornar-se pai não apenas altera a rotina, mas redefine o entendimento sobre responsabilidades e espiritualidade dentro do lar.
Adriano Faustino, médico e autor do livro Cientificamente Divino, vive intensamente essa mudança. Com uma sólida trajetória como professor de Escola Bíblica Dominical, ele percebe que a paternidade é uma escola diária de limites, cuidado e dependência de Deus. Sua jornada começou de forma inesperada, com a notícia da gravidez de sua esposa pouco após a retirada do DIU. O momento do ultrassom, ao ver o coraçãozinho do filho bater, marcou o início de uma nova realidade.
Antes, sua rotina se resumia a longos plantões e consultórios, mas a chegada de Pedro fez com que Adriano priorizasse sua presença em casa. Ele trocou as jornadas exaustivas por momentos significativos com o filho. O caos do sono dos primeiros meses foi transformado em alegria ao amamentar seu bebê nas primeiras horas da madrugada, um gesto que encapsula o amor paterno em sua essência.
O impacto positivo de um pai presente na vida da criança é respaldado por dados do Ministério da Saúde, que mostram que a participação ativa do pai no início da vida do bebê contribui para um desenvolvimento emocional saudável e vínculos familiares mais fortes. Mais do que fornecer proteção, muitos pais reconhecem que seu maior legado é o caráter que constroem em seus filhos. Para Adriano, ensinar a lidar com frustrações é tão fundamental quanto oferecer conforto.
Ele reflete sobre a herança que deseja deixar, que vai além do material. Para ele, o verdadeiro legado é feito de conhecimento, momentos e exemplos. Ao vivenciar a fé cristã em casa, ele ensina o que é fundamental: ser um exemplo ativo. “Ele vai me ver estudando a Bíblia e participando de aulas bíblicas”, compartilha Adriano, mostrando como a prática é essencial na educação espiritual do filho.
A Bíblia descreve o pai como sacerdote do lar, um papel que exige liderança espiritual. Adriano assume essa responsabilidade diariamente, conduzindo orações e incentivando o aprendizado espiritual do filho, mesmo que Pedro ainda seja muito pequeno. Para ele, a coerência entre o que se fala e o que se faz é vital; ser um exemplo autêntico é uma tarefa sagrada.
A paternidade, além de moldar a vida de Pedro, também renovou a apreciação de Adriano por sua própria mãe. Enquanto cuida de seu filho, ele reflete sobre os sacrifícios que ela fez e como isso intensifica seu entendimento sobre amor e paciência. Cada desafio e cada choro frustrado de Pedro se tornam uma oportunidade de recordar a paciência divina, ressaltando que, muitas vezes, a espera é para o nosso próprio bem.
Um instante marcante permanece gravado em sua memória: a primeira vez que Pedro olhou nos olhos do pai e o chamou de “papai”, acompanhado de um sorriso. Esse momento é um lembrete constante da importância da paternidade, onde a figura do pai se transforma em um reflexo do cuidado divino.
A história de Adriano é apenas uma entre muitas que ilustram a paternidade como uma missão guiada por fé, rotina e vulnerabilidade. Na verdade, a figura paterna vai muito além de um mero provedor; é uma representação diária do amor que sustenta a vida, tal como expressa em Salmos 103.13: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem.”
Compartilhe suas experiências e reflexões sobre a paternidade! Como você vê o papel do pai na formação dos filhos? Adoraríamos ouvir sua história nos comentários!
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