Na visão de Bia Lula, neta mais velha do presidente Lula e formada em Comunicação Social, a comunicação do governo já experimentou avanços, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Em uma conversa franca, ela acredita que o novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, conseguiu revitalizar a imagem do Palácio do Planalto, mas há muito mais a ser explorado, principalmente com as eleições de 2026 se aproximando.
“Sempre dá para melhorar. O Sidônio fez renascer a comunicação, mas, na minha experiência, a informação ainda chega de forma muito burocrática”, afirmou Bia durante a entrevista. Ela sugere que é essencial desenvolver uma comunicação mais direta e acessível, algo que você pode observar nas interações contemporâneas, que hoje em dia muitas vezes se dão pelo celular.
Assista à entrevista:
Bia também criticou a abordagem ainda formal da comunicação governamental. Apesar de reconhecer iniciativas como o vídeo com animais, ela destaca que é preciso um esforço maior para dialogar de forma mais humana e próxima. “Acho que é uma questão de realmente furar a bolha, de falar olho no olho, mesmo que isso seja virtualmente”, explicou.
Quando se trata de melhorar a comunicação, Bia deixa claro que não se sente à vontade para dar dicas ao Sidônio, enfatizando seu papel institucional. No entanto, admitiu que tem tentado ajudar seu avô a compreender os desafios da era digital, reconhecendo que isso pode ser um desafio, especialmente considerando sua idade. “Ele é uma pessoa de 80 anos tentando entender essa nova linguagem”, observou.
Sobre a primeira-dama, Janja, Bia enaltece seu papel em humanizar a imagem do avô, algo que a família havia perdido ao longo do tempo. Janja, segundo ela, é inteiramente atualizada e traz um olhar mais afetuoso sobre Lula em momentos mais íntimos, como nas gravações que fazem juntos. Isso é um passo importante para reconectar Lula com o público, especialmente depois de tantos escândalos que afetaram sua imagem.
Ela também abordou as críticas que Janja enfrenta, atribuindo muitas delas a um machismo estrutural que ainda persiste. “Ela não é uma primeira-dama típica. Sua presença provoca ciúme e distorções sobre sua atuação”, destacou Bia, sublinhando o impacto positivo que a esposa de Lula tem em sua comunicação.
Por fim, ao discutir os planos futuros de Lula, Bia afirma que, independentemente da idade, seu avô tem uma vontade imensa de continuar. “Ele se cuida e não acredita em ficar parado. Se depender da saúde, estará pronto para o que vier”, finalizou.
E você, o que pensa sobre a comunicação do governo? Como você vê o papel da nova geração na política? Deixe sua opinião nos comentários!
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