“Tudo indo”. Com essa resposta, Fátima Albuquerque, de 67 anos, expressa a angústia que a acompanha desde a fatídica queda do voo 2283 da Voepass, em agosto de 2024. A perda de sua filha, Arianne, uma médica de 34 anos em busca de aprendizado, transformou sua vida em um eterno luto. “Temos que reaprender a viver”, declara, destacando que o luto materno é uma dor única e insuportável.
Arianne estava a caminho de um congresso em São Paulo quando, antes de atingir o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o avião perdeu altitude e colidiu com um condomínio em Vinhedo. Não houve sobreviventes; 62 vidas se apagaram em um instante, deixando corações despedaçados.
“Revivo a tragédia todos os dias”, Fátima reflete. Para ela e os demais familiares, o tempo não ameniza a dor. Desde o início, ela se tornou uma voz forte entre os parentes das vítimas, apontando que a tragédia era previsível, mencionando falhas já reportadas em outros voos da companhia. Assim, em setembro de 2024, uniu forças com outros familiares e fundou uma associação para exigir justiça. “Nós não somos vítimas de um acaso, mas de um descaso acumulado ao longo dos anos”, enfatiza.
O grupo busca não apenas responsabilizações legais, mas também mudanças significativas nas práticas da aviação. Fátima almeja que essa tragédia sirva como uma lição, exigindo que a segurança no transporte aéreo seja priorizada e que os responsáveis sejam punidos adequadamente.
Com as investigações sobre o acidente ainda em andamento, tanto pelo CENIPA quanto pela Polícia Federal, uma cerimônia de homenagem está programada para o próximo domingo, 9 de agosto, data que marca um ano do acidente. A Associação dos Familiares planejou um ato em Vinhedo, onde uma mensagem especial será divulgada: “Amores para além da vida”.
Este caso nos faz refletir sobre a fragilidade da vida e a importância de garantir que tragédias como essa não se repitam. Compartilhe sua opinião ou experiência sobre o tema nos comentários. Sua voz é importante!
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