PCDF investiga perfil criado para ameaçar homem que espancou mulher

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deu início a uma investigação referente a um perfil nas redes sociais que promovia um discurso de ódio contra Cleber Lúcio Borges, um empresário de 55 anos, preso por agredir brutalmente sua esposa dentro de um elevador no Guará.

O perfil, que se apresenta de forma provocativa, diz: “Sou vacilão / Aqui é só um perfil pra você deixar um comentário de ódio / Não precisa seguir”. Este tipo de comportamento poderá ser classificado como cyberbullying, segundo o artigo 146-A do Código Penal, e será investigado pela PCDF, conforme afirmações do delegado Marcos Paulo Loures.

“Tal conduta pode configurar cyber bullying e será devidamente apurada pela PCDF”, declarou o delegado.

No entanto, a situação de violência doméstica envolvendo Cleber é grave. Ele está detido na Penitenciária da Papuda, e, segundo o delegado, o caso poderia ter tido consequências ainda mais sérias, talvez até um feminicídio, se a mãe da vítima não tivesse tomado a iniciativa de denunciar.

A vítima, apesar de ter sofrido agressões severas e ter estado sob um ciclo contínuo de violência, inicialmente se negou a registrar queixa. Contudo, a mãe não hesitou e foi essencial, relatando que sua filha frequentemente enfrentava abusos físicos e psicológicos.

Atualmente, as autoridades têm respaldo legal do Supremo Tribunal Federal (STF) para agir em casos de violência doméstica, mesmo sem o desejo de colaboração da vítima. O delegado ressalta a importância da coragem de familiares em expor tais situações: “É necessário que a sociedade tome essa postura. Quando alguma mulher é vítima de violência, as autoridades precisam agir”.


Entenda o Caso:

  • Uma mulher de 34 anos foi severamente espancada pelo marido, Cleber, enquanto esperava um elevador para subir ao apartamento. As agressões ocorreram de maneira pública e resultaram em múltiplas lesões.
  • Após ser alertada pela filha sobre a violência, a mãe acionou a polícia, levando à prisão de Cleber, que também possuía armas de fogo sem autorização.
  • Os vizinhos também relataram os gritos da vítima, e mesmo com a negativa inicial da mulher em apresentar queixa, a situação culminou em uma investigação ativa por parte da polícia.

“É muito triste para uma mãe ver sua filha sendo destruída por alguém que não a merece”, desabafou a mãe da vítima.

A dor e o sofrimento da mãe são palpáveis. Sua decisão de denunciar o agressor foi um ato de coragem que pode ter salvado a vida da filha, mas a angústia de não ter conseguido protegê-la ao longo dos anos a persegue. “Hoje, minha filha está em uma clínica de recuperação devido a tantas coisas que aconteceram em sua vida”, revelou.

Os olhos da sociedade precisam se abrir para a realidade de milhões de mulheres que enfrentam abusos em silêncio. Com sua força, a mãe da vítima nos lembra da importância de agir e falar contra a violência, desafiando os limites do medo e do silêncio.

Como você pode contribuir para essa conscientização? Compartilhe suas ideias e experiências nos comentários, ajudando a criar um espaço de apoio e solidariedade.

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