Pesquisadora da Uefs vence Prêmio Capes de Tese 2025 em Linguística

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A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) se destacou nacionalmente com a conquista de Bruna Trindade Gomes, egressa do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL). Ela ganhou o Prêmio Capes de Tese 2025 na área de Linguística e Literatura pela pesquisa intitulada “Um códice em língua geral: edição, estudo paleográfico e sócio-história da Amazônia (1750-1758)”. Esta é a primeira vez que a Uefs vence o prêmio em Linguística e também marca a primeira conquista de uma mulher da instituição.

“Este prêmio tem um impacto profundo na minha trajetória, levando em conta que sou a única vencedora nesta edição em Letras (Linguística). É a primeira conquista do PPGEL e simboliza resistência, já que foi desenvolvida durante a pandemia, quando me tornei mãe”, comentou Bruna.

A cerimônia de premiação, que celebra as melhores teses defendidas no Brasil em 2024, acontecerá em dezembro, em Brasília, conforme reportado pelo Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias.

Além de Bruna, a Uefs recebeu menção honrosa pela tese de João Paulo Just Peixoto, do Programa de Pós-Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente (PPGM). Seu trabalho “Classificação de Riscos e Planejamento de Soluções Inteligentes Utilizando Dados Georreferenciados Abertos para Construção de Cidades Resilientes” foi reconhecido na área de Ciências Ambientais.

A tese de Bruna Trindade busca salvar um manuscrito do século XVIII, escrito em Língua Geral Amazônica, que está guardado na Universidade de Coimbra, Portugal. O estudo combina filologia, história e linguística, utilizando também ferramentas digitais para destacar o papel das línguas indígenas na educação durante o período colonial.

A pesquisa revela como as línguas indígenas foram silenciadas com a imposição do português, trazendo uma nova perspectiva sobre a formação histórica do idioma e a cultura linguística do Brasil. “O maior desafio foi trabalhar com a materialidade do códice, um documento setecentista que exigia leitura paleográfica, análise de marcas d’água e a identificação de diferentes mãos de escribas”, explicou Bruna. “Esse processo exigiu tempo, recursos e acesso a acervos internacionais, além de um cuidado especial na tradução de uma escrita coletiva para uma edição semidiplomática rigorosa.”

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